Sonho ou realidade?

'Que cheiro gostoso.'

'Que? O que disse? Hum? tá chorando? Quem tá chorando?' "Senhora, acorda por favor!" - chora a voz femina.

'Senhorita? Que Senhorita? Quem, eu?' Os olhos de Mirha vão se abrindo lentamente, ela pisca várias vezes, até que seu olhar se cruza com o de uma jovem desconhecida.

"Aaaaaaah!" - as duas gritam quando se encaram. Mirha levanta rápido se encolhendo no canto - "Qu....quem é você?" - diz ela apontando para a jovem. Ela repara pulseira douradas em suas pulsos, suas roupas não eram mais a velha calça que ela usava pra ir trabalhar e sim um vestido verde de tecido fino de várias camadas, com uma fita na cintura. Ela passa a mão na cabeça, onde havia adornos e outra coisa, ela levanta correndo para se olhar no espelho, e seu olhos se arregalam ao se ver.

Seu rosto estava maquiando, suas sardinhas ainda estavam lá, mas de alguma forma ela estava diferente, seu cabelo que era geralmente cacheado e crespo, estava liso, amarrado em meio coque e vários adornos: "Mais que P**** tá acontecendo aqui?" — diz ela em voz alta.

"Senhorita?! Está me assustando!" - disse a jovem.

Mirha pega um pingente de cabelo e aponta para a menina: "Quem é você?" - ela olha em volta - "Onde estou? Que lugar é esse?" - pergunta ela bem agressiva.

"Senhora está me assustando" - diz a mocinha - "Sou eu Mei Mei"

Mirha olha sem entender 'Ela tá falando comigo como se me conhece, o que tá acontecendo aqui? É um sonho?' Mirha então pega o grampo e enfia no braço, sentindo uma dor dilacerante. Ela grita.

A menina Mei Mei fica assustada com tal atitude, e rapidamente corre para a direção de Mirha, agarra o braço dela que escorre sangue "Minha senhora, por que fez isso?" - diz a menina preocupada - "Se seu pai descobrir o que será de mim?" - dizia ela enquanto enfaixava o Braço de Mirha.

'Pai? Eu não tenho pai!'. Mas assim que ela termina seus pensamentos, um senhor acompanhado de um jovem invade o quarto.

"O que foi isso?" - ele caminha em direção a Mirha - "Filha, está tudo bem?"

Mirha arregala os olhos, "Pai?" 'Como é possível? Meu pai morreu já faz mais de 15 anos'

"Filha, por quê você teve que ir naquele lugar? Se não fosse o Príncipe Han está por perto eu não sei o que aconteceria" - diz ele segurando os ombros de Mirha.

Ela enruga as sobrancelhas "Príncipe...Han?"

"Sim minha senhora, Ele que a encontrou e a trouxe de volta à mansão" - disse Mei Mei.

'Mansao?Ok, tem algo muito errado aqui, mas vou ter que seguir o personagem, se não vou acabar em um hospício'

Mirha põe a mão na cabeça, "Aaahs dói—muito" - mente ela.

O suposto pai de Mirha a guia até a cama: "Senta filha" — ele olha para Mei — "Chame o médico." — ordena ele. De imediato, Mei sai correndo.

Mirha não sabia onde estava, tudo era tão confuso. Uma hora ela estava sentada em um bar vendo o homem que gostava a anos apresentar sua namorada, na outra, ela estava em um quarto estranho, até que bonitinho, mas estranho, rodeada de pessoas que nunca viu na vida. Porém, o que mais a intrigava era que o pai dela está ali, vivo, na sua frente.

De repente um estalo vem a sua mente.Ela olha fixo para o senhor a sua frente: "Pai, cadê a mamãe?" — pergunta

O homem sorri, "Ela foi ao mercado, filha comprar um presente para você, volta já já ."

O coração de Mirha acelera, se aquele senhor, idêntico ao pai dela, era seu pai ali, será que sua mãe também seria a mesma. 'Isso é um sonho, só pode! Mas sonho ou não, ver meu pai e minha mãe novamente seria perfeito'

Mei entra com o médico, um senhor já de meia-idade. Ele se abaixa na frente de Mirha, e pega em seu pulso 'que forma antiquaria de se examinar.' , ela olha para as pessoas ao redor 'isso é culpa da vovó e daquela velha, a história delas ficou em minha mente, e agora estou sonhando com isso!'

O médico se levanta: "A senhorita Bai está bem senhor" — diz o médico. 'Bai?'

"Então porque ela está agindo assim?" — pergunta Mei Mei — "ela nitidamente não reconhece nenhum de nós"

Mirha está quieta, observando o diálogo, e esperando para ver qual seria a resposta do suposto médico.

"Ela teve uma contusão forte na cabeça, é provável que isso tenha causado a perda de memória." — diz o médico. 'Ele não é tão burro como pensei'

"Tem cura, doutor?" — pergunta o pai

O médico coça a curta barba, "Só o tempo pra dizer, uma forma de trazer as lembranças de volta é lembrando-lhe suas rotinas e manias." — sugere o médico. 'Se eu estivesse realmente sem memória, talvez isso ajudaria mesmo.'

Após mais alguns conselhos, e julgamentos em pensamentos de Mirha, o médico se retira. 'Ok, agora posso começar'. Mirha se levanta, "Desculpa, eu não queria causar problemas. Afinal, o que acontece? Para mim ficar nesse estado?" — pergunta ela atrás de informações.

Mei Mei e o Pai se olham e Mei Mei começa a falar "Bom, fomos ao templo Xitmá a dois dias como sempre vamos a cada três meses para orar para as Tia Titha, mas quando estávamos voltando, estrelas começaram a cair do céu, a senhora achou lindo e saiu correndo da carruagem. Mas acabou indo muito a fundo na floresta. Como era noite, não conseguimos encontrá-la."

O pai continua: "Quando Mei Mei me disse o que aconteceu, fui direto no Imperador pedir ajuda. Por sorte, o príncipe Han Zhenyu foi caçar naquelas redondezas a alguns dias. De imediato, ele mandou uma mensagem avisando ao jovem o que aconteceu, e quando foi a tarde, você foi encontrada caída em um barranco, próximo a uma cachoeira."

'Bom, temos algo incomum nessa história, a chuva de meteoros' "Entendi...Bom, preciso agradecer ao príncipe depois!" — diz Mirha na inocência. Mas ela nota o semblante de estranheza nos rostos à sua frente - "Que foi? Disse algo errado?"

"oh! não senhora, é que...." — Mei Mei engasga

O homem pega em suas mãos "Filha, você e o príncipe, nunca se deram bem. Não lembra?"

Mirha fica de boca aberta. Que legal, o homem que salvou ela, era justamente o mesmo que a dona daquele corpo detestava. E agora?

Mirha dá um leve sorriso "É? Eu não lembro. Bom, mas mesmo assim né. Ele salvou minha vida. Seria estúpido da minha parte não agradecer."

Mirha começou a se perguntar como aquela personagem era antes de ela abrir os olhos... ela precisava saber mais. "Huum, pai. Quem é Bai?" — pergunta ela novamente.

O pai fica confuso, mas força um sorriso antes de responder "Filha, Bai, é nossa família. Bai Ji" — ele aponta-lhe - "Bai Thouxi, seu irmão" - ele aponta para o rapaz que entrou com ele, mas não havia dito uma palavra se quer. Mirha até esquecera dele ali. - "Bai Yimei" - termina ele apontando para Mirha.

'Bai... Yimei? Meu nome aqui não é Mirha?' ela dá um passo para trás, perplexa se sentando na cama pesadamente.

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