recepção nada boa.

Mary

Nunca pensei, na vida, que estaria me arrumando para ir em uma festa e muito menos aqui na Itália. Bem que a minha avó falava "nunca é uma palavra muito forte.

Kiara — Mary, sei que você não gosta, mas vamos começar a fazer algo diferente além de tomar vinhos lendo livros ou assistindo filmes de romance.

Mary — não vejo problema nisso. Estou indo porque é o mínimo que posso fazer por você. Não gostei nada do meu vizinho.

Kiara — admite que ele é um gato.

mary— amiga, ele é um tremendo filhinho de papai mimado.

Kiara — Mary, você tem que socializar, já está com 23 anos virgem e só beijou, umas 5 vezes?

Mary — Não exagera. Agora o motivo da empolgação de ir a essa festa tem nome, se chama Brian, o advogado da Vila

Kiara — Sabe, desde que eu cheguei aqui ele me deu umas cantadas, mas não quero, ele é muito pegador e você sabe já cai em uma cilada parecida e foi doloroso demais para cair em outra. Pronta?

Mary — sim.

saímos da minha casa, e fomos andando até a casa de festas são apenas três ruas de distância, ao chegarmos na portaria avistamos o Brian que nos cumprimentou.

Brian — Olá, gatinhas, que bom que vieram, vamos entrar.

Mary — obrigada pelo elogio. O motivo dessa festa?

Brian — aniversário do Bruno

Mary — Kiara, entramos de penetra em uma festa de aniversário.

Brian — não foi de penetra eu e a Brisa convidamos vocês, e por falar nela, lá vem. Fiquem à vontade e Kiara qualquer coisa é só me chamar.

Kiara — ok.

Brisa — ola meninas que bom que vieram, vamos sentar ali no bar comigo e o Victor. Somos os mais calmos dessa loucura toda.

Brisa meio que fala gritando para que possamos ouvir por conta da música alta. E prestando bem atenção ao ambiente e sem querer ser ignorante mais aqui está mais para um prostíbulo italiano. olho para o centro da festa e vejo o senhor riquinho Gonçalves beijando três mulheres ao mesmo tempo. E que nojo, como elas se prestam a esse papel.

Sentamos no bar, ela não é tão barulhenta como no centro do espaço. Estamos conversando todos empolgados, o Brian tirando brincadeiras com o Victor e a Brisa e eu e a Kiara rindo deles, até que de repente sinto algo gelado no meu vestido. Quando viro para o lado para ver quem fez isso, me deparo com a minha meia irmã.

Mary— Sabia que só podia ser você filhote de bruxa.

Mellen — aí me desculpa, foi sem querer irmãzinha.

Kiara — deixa de ser cinismo, teu pai não está aqui.

Mellen — Realmente, as coisas não mudam, sempre anda com a defensora, pois não se sabe se defender.

Nessa hora eu pego no braço dela apertando com força, dou uma puxada e ela inclina para frente.

Mary— vou te falar só essa vez, filhote de cobra. Não fica no meu caminho, pois eu vim para acabar com o seu luxo e o da sua mãe. E se não quiser que isso, acabei o mais rápido possível, quando você me vê troque o caminho.

Mellen — aí sua louca, está me machucando. você vai se ver com o meu pai.

Mary— Pois é, vai lá inventar conversa como sempre fez. Só que agora tem uma diferença: eu não tenho medo dele e muito menos de seus joguinhos. Aprendi muito bem a jogar. Então faça o favor de não entrar no Jogo pois vai perder e é feio.

Solto o braço dela e vou me virar para sair.

Mellen— sua louca, não vai ficar assim.

Brisa — você começou, mellen e seja menos enjoada.

Mellen— é recalque seu, pois não consegue ter o que eu tenho.

Kiara — espera Mary, vou contigo.

Mary— de jeito nenhum, fica aí com a brisa e os meninos e aproveita. Brian por favor leva ela para casa. Bay pessoal obrigada pelo convite.

Brisa — Volta Mary.

Mary— já foi um milagre eu ter vindo. Mas obrigada mesmo,depois marcamos outro encontro. E Kiara se divirta.

Passei pelo meio do salão de festa e vejo o mauricinho beijando as garotas, só que uma está capotada no banco de canto. Sinceramente eu não sei como essas mulheres se prestam a essa falta de respeito.

Ao sair da festa o vilarejo está um deserto, já é tarde da noite, resolvo ir em passos largos, me deu um pouco de medo da escuridão. Logo chego em casa tirando a minha roupa que está encharcada de bebida, e vou tomar um banho rápido e dormir.

Sinceramente eu não sei como conseguem passar a noite toda acordados, eu mesmo não troco meu pijama e minha caminha por nada.

Deito na minha cama que Kiara comprou,ela escolheu bem, é espaçosa e bem macia. Basta me deitar que apago.

...****************...

Senhor acordou em um pulo com uma batida na parede. Que batida foi essa? Meu coração quase sai pela boca.

As batidas se intensificam. E aí começo a entender, é o vizinho. Pronto agora além das batidas na parede ritmada, agora o som da voz dessa mulher.

Mary — Valha senhor e a mulher precisa gritar que é grande e grosso? Maldita hora que voltei para cá, senhor é demais uma coisa dessa fui dormir tarde e acordo com meu vizinho comendo uma mulher de boca de sirene e batendo na minha parede.

Vejo que o dia já está amanhecendo, então resolvo ir caminhar, coloco uma roupa de exercício, calço os meus tênis. Percebo que o barulho parou. Procuro meus fones na minha bolsa, que trouxe comigo no avião, coloco minhas músicas preferidas e saí de casa e vou correndo sem direção.

Quando dou conta já estou na entrada do vilarejo, aqui todos acordam muito cedo, então resolvo voltar andando e ir conversar com algumas pessoas, aproveito e tento achar alguém que faça meu closet e já seja até o lugar certo.

caminho por todas as ruas do vilarejo, o bom daqui é a felicidade que é estampada no rosto das pessoas, ao chegar no centro encontro dona Margarida, ela tem a mais antiga cafeteria do vilarejo, meus avós me traziam aqui sempre que eu estava com eles.

Mary — Bom dia, dona Margarida , lembra de mim?

Margarida — Claro que eu lembro, menina Mary. Como você cresceu e está linda.

Mary — obrigada, será que já tem um cafezinho para mim? Me deu saudades dos seus pães. Nunca comi igual até hoje.

Falo sorrindo.

Margarida — claro, chegue menina, vou te servir. Fiquei sabendo que chegou ontem. Veio de vez ou só a passeio?

Mary — Vim de vez. Vim para trabalhar na empresa do meu pai.

Ela vai até o balcão e volta com uma xícara de café, um pão e uma fatia de bolo, me serve e senta junto comigo.

Margarida — Sabe, menina, sua mãe era a minha melhor cliente e hoje em dia você está muito parecida com ela. Todos os dias ela vinha aqui tomar café comigo, com o mesmo sorriso contagiante. Seu pai sempre foi muito arrogante, inclusive com ela, mas todos os dias ela estava com aquele sorriso e indo trabalhar dando a vida pela a empresa deles. E me lembro de uma frase que ela sempre me falava " dona Margarida se a vida te der uvas, aprenda a fazer um bom vinho delas". Sabe o que ela queria dizer com isso?

Mary— não faço ideia?

Margarida — Tem caminhos que não podemos escolher, mas é importante aprender e sempre fazer o melhor.

Mary— nossa, não imaginei isso. Realmente não era escolha minha voltar para cá. Mas a senhora me disse isso, agora vai me dar mais gás de lutar pelo que é meu na empresa. Obrigada por essa conversa.

Margarida — estarei sempre aqui, querendo conversar é só pedir um café. Agora tenho que sovar os pães. Esse aí é de boas vindas.

Mary — obrigada.

Ela sai e eu fico tomando meu café e realmente é uma delícia. Termino de tomar e saí em direção da minha casa. Lentamente e conversando com quem encontro nas ruas.

Quando vou chegando, vejo o vizinho e seus escoteiros conversando com ele na porta, e que belo sem noção uma hora dessas na porta da rua e sem camisas. Me aproximo e dou bom dia, procurando minha chave na pochete que está na cintura e apenas Brian e Victor respondem.

Bruno— vi que saiu cedo da festa ontem, a chatinha não consegue se divertir?

levanto a cabeça com ódio, aproveito e jogo tudo que queria.

Mary — Na verdade, sem noção, chata estava sua festa.

Bruno — não achei.

Mary— por que você é sem noção? E outra, já que infelizmente somos vizinhos, peço que quando você estiver com sua namorada, diga a ela que o vilarejo não precisa saber que seu órgão genital é grande e grosso, outra não precisa rachar a minha parede para dizer que está transando.

Bruno — Queria estar no lugar dela?

Mary— Huum, de jeito nenhum, por que o teatro que ela estava fazendo ontem, você deve fazer muito mal. Mulher nenhuma em um delírio de orgasmo estaria gritando aí é gostoso, grosso é grande. Isso aí é coisa de mulher burra que gosta de inflar ego de homem sem noção. Agora vou passar bem, que eu tenho mais o que fazer. Bom dia novamente Brian e Victor.

Os dois — bom dia, Mary!

olho rápido e o sem noção está com cara de pateta. Bem feito quem mandou não me deixar dormir.

Continua ....

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