Casamento de Contrato.
Mary Veloso
Oi, me chamo Mary, tenho 23 anos, me considero morena, tenho olhos castanhos claros, cabelos longos e um pouco ondulados. Adoro ficar no meu cantinho, lendo um livro, não sou muito adaptada a barulho. Minha mãe morreu quando eu tinha três anos, aos cinco anos meu pai apareceu com a minha madrasta e uma notícia dizendo que eu teria uma irmã. Na hora eu até fiquei feliz, nem sabia que o inferno começaria ali. A magnólia começou a mandar em tudo, e fazer com que meu pai brigasse comigo constantemente. Minha meia irmã nasceu e aí desandou de vez, e a minha maior felicidade era quando eles viajavam e eu ficava com a dona zuila ou quando eu ia visitar meus avós na fazenda. Meu pai Matteo virou um homem carrasco, e que só vive de negócios e dinheiro, também casado com essa mulherzinha dele que só pensa em luxar e nada de trabalhar. Minha meia irmã a mellen é igualzinha a mãe, tem preguiça até de pensar, só quer saber de mordomia. No início eu até gostava dela e tentava brincar com ela, mas a bruxa da mãe dela sempre empatava ou fazia com que o meu pai brigasse comigo ou me batesse, acabei me afastando dela e preferindo brincar com a Kiara que mora na fazenda vizinha.
Kiara é minha irmã de alma, ela era quem me ajudava a escapar das brigadas do meu pai. os pais dela tio Josep e tia Rose sempre me ajudaram quando o meu pai viajava e passava de semanas sem aparecer.
Eu sempre quis morar com os meus avós paternos, vovó Angela e vovô Élino, mas a magnólia sempre fazia com que o meu pai não deixasse. E é isso que eu nunca entendi se ela me odeia tanto, porque nunca me deixou ir morar com meus avós. E meus avós maternos nunca conheci morreram antes de eu nascer.
Hoje aos meus 23 anos, depois de tudo que passei na mão da Magnólia, tenho muita pena da minha mãe, pois dizem que a magnólia era sua amiga íntima, tão íntima que hoje em dia é casada com o marido da minha mãe. Ilário né a vida!
Eu costumava pensar como seria a minha vida se a minha mãe tivesse comigo. Nunca tive esse carinho de mãe e muito menos de pai. As lembranças do meu pai que tenho é ele bebendo no escritório, brigando comigo, ou das surras que me davam por conta das mentiras da Magnólia. Mas a Kiara, Zuila e a tia Rose me ajudaram a ser forte. Por falar em Zuila estou morrendo de saudades dela, ela é como minha avó, me protegeu sempre que pôde.
Quando fui para faculdade eu me senti liberta do meu inferno. Realmente foi uma liberdade imensa. Queria cursar literatura. Mas meus avós me disseram que preciso administrar minha herança, pelo menos a parte que a minha mãe me deixou. Pensando por esse lado, estudei bastante e acabei fazendo várias especializações.
Mas uma vez a Kiara me ajudou, mudou de curso comigo e também fez administração comigo, diz ela que precisa administrar os negócios do pai dela. Mas eu sei que não é por isso, pois o Kall, irmão mais velho dela, já faz isso, e muito bem por sinal. Eles têm uma indústria de derivados de leite.
Pois bem, aqui estou eu de volta à Itália, mas precisamente em Florença na toscana. Meu pai mora em um vilarejo,onde temos uma das maiores indústrias de vinhos,os vinhos Chianti e Chianti Classico, feitos principalmente com a uva Sangiovese, ficando atrás somente da indústria de vinhos da família Gonçalves, que tem a maior produção de vinhos brancos.
Como estava dizendo, meu pai, depois de dois anos da sua última ligação, me ligou a quinze dias atrás, falando que preciso assumir minhas responsabilidades na empresa já que tenho 40 por cento da empresa, ele tem os outros 40 por cento e os outros vinte por cento é de acionistas.
Pois bem, estou indo, assumir o meu posto, mas a magnólia que me aguarda, pois ela pensa que vai voltar a fazer um inferno da minha vida, mas ela está enganada. Se ela mexer muito, eu é quem faço um na vida dela.
Como a Kiara veio primeiro que eu pedi para que ela comprasse uma casa próxima a empresa e um carro para mim, no qual desse para eu ir até às fazendas. Sim, temos nossos vinhedos, mas também compramos de outros produtores de fazenda menores, e precisamos estar sempre visitando e fazendo novos negócios, se não perdermos os produtores.
O avião está começando a pousar e pedi para a Kiara vir me buscar no aeroporto, de Florença até o nosso vilarejo são duas horas de viagem, e até lá quero só ver o que ela aprontou aqui sem mim nesses quatro meses.
Kiara, 25 anos, melhor amiga da Mary. Ela é extrovertida mas também muito desafiadora, ama festas e curte a vida, mas sempre foi leal a Mary e a ensinou a ser forte. Tornando as duas inseparáveis. Filha mais nova do casal Josep e Rose e tem um irmão mais velho chamado Kall, que administra ajuda na administração da empresa que derivados de leites. Eles são um dos maiores produtores de queijo e iogurte da região.
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Saiu do avião e vou pegar as minhas malas, tomara que minha amiga tenha vindo com o carro grande pois tem muitas malas. O apartamento era meu e dela, vendemos e a minha parte comprei a minha casinha no vilarejo e meu carro. A parte dela eu não sei. Seus pais fazem de tudo por ela. Mas acho que a Kiara não vai querer ficar na aba dos pais dela não.
Estou aqui lutando para saber como vou levar essas seis malas grandes e 3 pequenas e essa mochila de costas. Paguei uma fortuna de excesso de bagagem, jamais iria deixar as minhas roupas lá. Trouxe tudo. Existe alma boa em todo canto é o segurança do aeroporto viu minha agonia e veio me ajudar dando um carrinho e colocando as malas,organizada e em cima do carrinho.
Mary — obrigada, moço!
Segurando — não há de que! Consegue empurrar?
Mary— sim, consigo, muito obrigado mesmo. até mais
Segurança — até mais!
Chego na frente do aeroporto e minha irmã do coração está lá me esperando com uma plaquinha escrito Mary Veloso. Vou até ela, empurrando o carrinho.
Mary — Só você mesmo Kiara, achou que eu não ia te reconhecer só por que fez luzes no cabelo?
Kiara — estou diferentona, está vendo?
Mary— estou sim, comédia. Esse é o meu carro?
Kiara — é e ainda bem que eu vim com o seu, um carro desse tamanho aqui, ainda é capaz de não caber tanto de malas.
Mary — exagerada!
Kiara — tu já viu o tanto de malas que trouxe?
Mary — vai me ajudar a colocar aqui é vamos estou louca para conhecer a minha casa.
Kiara — amiga, sabe que no vilarejo, não vai ter uma casa estilo ao que a gente tinha, né? Eu comprei a melhor que estava disponível, mas você terá que fazer uma boa reforma nela.
Mary — amiga da para eu ir direto para lá? Eu só não quero ter que voltar a morar com o meu pai e aquela bruxa.
Kiara — sim, pedi a Maria para ir organizar, comprei alguns móveis e organizei o seu quarto. Mas terá que mandar fazer um closet, o que tem lá não cabe esse monte de roupa aí não.
Mary — Certo, estou sentindo que tem algo a mais para falar. Te conheço Kiara, me fala logo de uma vez.
Kiara — você está certa. Amiga, seu pai já sabe que comprou a casa no vilarejo e que comprou esse carro também.
Mary — já imaginava que isso aconteceria. Ele que pague para ver. Se quiser me proibir de algo.
Duas horas depois chegamos no vilarejo e é tudo exatamente igual ao de quando sai daqui. As senhoras sentadas na pracinha no meio da cidade, crianças correndo por todo lado, os restaurantes com as nessas na calçada, é um clima mais aconchego do que a loucura dos estados Unidos, se não fosse a minha bela família eu até diria que aqui é perfeito.
E por falar em família.
Kiara — Mary, preparada
Matteo Veloso, 55 anos, pai da Mary, empresário dono de uma das maiores empresas de vinhos clássicos. Senhor carrasco e autoritário. Que errou bastante na criação das filhas. Uma não dando atenção e sendo rigoroso e da outra sendo omisso e permissivo.
E lá vem ele arrecadando a rua e vindo em nossas direção.
Matteo — Olá Mary, porque não me avisou que chegaria ?
Mary — Olá pai. Mas você sabia que viria, você me intimou a voltar, lembra?
Matteo — não vamos começar outra discussão. Vamos para fazenda.
Mary — Cinismo não é muito o seu jeito pai, você já sabe que comprei uma casa no vilarejo.
Matteo — Certo, sabia, mas eu quero que volte para a fazendo comigo e fique com a sua família.
Mary — Nem morta eu volto para aquele inferno. E vou dizer mais pai, eu voltei para assumir minhas responsabilidades,como você ordenou. Agora diga a sua esposa que fique longe de mim e que vocês não façam minhas vidas de um inferno. Pois para eu ter minha paz sou capaz de vender minhas ações para o seu pior rival. Estamos entendido senhor Matteo ?
Matteo — por que todo esse ódio?
Mary — por que eu era apenas uma criança sem uma mãe e você colocou uma cobra para te envenenar com o veneno dela contra mim. Eu era apenas uma criança sem voz, é muito choro entalado, quando você brigava e me batia por conta das mentiras de sua esposa. Então sei que precisa de mim, pois bem estou aqui, então me deixe em paz. você não me conhece mais. Não sou mais a garotinha que tinha medo até da sua voz.
Matteo — Não quero brigar, apareça para o jantar.
Mary — até depois de amanhã na reunião.
Ele saiu e eu respiro e relaxo os ombros.
Kiara — amiga, você foi grandona em.
Mary — preciso ser, agora vamos olhar para a minha casinha.
Continua....
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Atualizado até capítulo 31
Comments
Meire Oliveira
eita 🤣 gostei falou tudo kkk
2025-09-20
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