A Colheita Secreta
O Poço e o Ferido
Axel Elorien
*joga o livro fora*
Axel Elorien
fala sério vai começar assim?
Axel Elorien
eca, tão brega💢
Axel Elorien
*olhando o horizonte*
Axel Elorien
droga maldita guerra💭
Axel Elorien
ainda torci meu pé tentando pegar a sofi
Axel Elorien
tenho que colher os trigos
Axel Elorien
pareço um idiota falando sozinha💭
Axel Elorien
sinto saudades Elda...
Axel Elorien
*olhando o horizontee avista um sinal de fumaça*
Eram dias de paz, mas o Reino de Eldoria estava em guerra com as terras do norte, uma disputa ancestral por fronteiras e minérios.
Axel Elorien
eu ja vivo afastado o suficiente da guerra e agora eles estão acampando aqui perto💭
Axel Elorien
É só uma questão de horas até que cheguem aqui...~
Axel Elorien
estamos sem agua já💭
Axel Elorien
Preciso de água.
Axel Elorien
melhor ir buscar
Axel Elorien
*pega dois baldes grandes*
Axel Elorien
conheço esse caminho desde os meus 5 anos 💭
Um pequeno riacho, com um poço de pedra discreto, quase escondido pela vegetação.
Axel Elorien
é velho poço, ontem mesmo ja troquei sua filtração
Axel Elorien
água ta limpinha😋
Axel Elorien
O local é tranquilo, um refúgio da tensão
Axel Elorien
*calmo e sereno*
axel se aproxima do poço. Ao começar a abaixar o primeiro balde
Axel Elorien
*se assusta e Para abruptamente*
Axel Elorien
esse gemido é baixo mais vem ali de trás daquele arbusto💭
Axel Elorien
eu vou ver ou eu fujo?💭
Axel Elorien
kkkkk obviamente eu vou embora 💭
Axel Elorien
Q-quem está aí?
O gemido se repete, mais alto desta vez. Axel hesita por um momento, a cabeça virada na direção do som. Ele larga os baldes e se aproxima lentamente do arbusto, afastando as folhas com cuidado
Ele vê um homem jovem, vestindo um uniforme militar rasgado e enlameado, encostado na base de uma árvore. O homem tem um corte profundo na coxa, que sangra, e está pálido, mal conseguindo manter os olhos abertos
Axel Elorien
put@ que parii-💭
Axel Elorien
Meu Deus... Um maldito soldado 💭
Axel Elorien
mesmo que seja um deles...💭
Axel Elorien
Você está ferido... de mais
Axel Elorien
*rapidamente vai até o balde*
Axel Elorien
*Ajoelhando-se rapidamente*
Axel Elorien
Eu vou te ajudar. Não se mexa.
Axel pega o segundo balde, que estava vazio, e usa o pote de metal que estava preso a ele para colher um pouco de água do poço, que ele sempre mantém limpo
Axel Elorien
Beba só um gole por enquanto.
Axel Elorien
*cuidadosamente ajuda o soldado *
O jovem bebe com avidez, mas controladamente
Axel Elorien
Você é de que lado?
Axel Elorien
Não importa, não agora. Você precisa de cuidados.
Axel Elorien
A fumaça está perto, eles não podem te encontrar aqui.
Axel Elorien
Está perto de um riacho, numa fazenda.
Axel Elorien
Meu nome é Axel
Axel Elorien
Você está ferido. O que aconteceu~
???
*Passa a mão na cabeça e estremece.*
???
Eu... eu não sei. Não me lembro... de nada.
Axel Elorien
*Franzindo a testa*
Axel Elorien
o cantil dele...💭
Axel Elorien
*pega o cantil do soldado, que está vazio, e o cheira*
Axel Elorien
Não é álcool.💭
Axel Elorien
Não se lembra de nada?
Axel Elorien
Nem de onde veio?
???
*Olha em volta, confuso, depois para Axel.*
???
Não... Não sei. Minha cabeça está... oca. Quem sou eu? Por que estou com essas roupas?
O soldado tenta se mexer de novo, e Axel o impede com um toque gentil no ombro
Axel Elorien
Calma! Não force. Você levou uma pancada feia na cabeça.
Axel Elorien
A fumaça que está chegando lá em cima é do seu povo, ou dos seus inimigos
Axel Elorien
De qualquer forma, não é seguro.
???
*Os olhos arregalados*
???
*mal consegue processar.*
???
Eu... eu preciso ir. Mas para onde?
Axel Elorien
*Se levanta, a decisão tomada*
Axel Elorien
A fumaça está mais alta agora💭
Axel Elorien
Não vai a lugar nenhum sozinho nesse estado.
Axel Elorien
Vou levá-lo para dentro, tirar você daqui e cuidar dessa ferida
Axel Elorien
Temos pouco tempo
Axel ajuda o soldado, que mal se sustenta, a se apoiar em seu ombro, ignorando o perigo iminente. Ele olha para a coluna de fumaça uma última vez
Axel Elorien
Pelo visto, a água vai ter que esperar💭
Axel Elorien
Os dois se movem devagar em direção à fazenda, deixando o balde e o poço para trás, enquanto o som distante de botas e vozes começa a ecoar pela floresta.
A Visita Inesperada
Interior da modesta fazenda de Axel. A luz fraca entra por uma pequena janela. Axel está cuidando do soldado
Deitado precariamente em uma cama improvisada com cobertores no chão, escondido atrás de uma pilha de sacos de grãos e ferramentas. O cheiro de ervas e antisséptico caseiro paira no ar. O balde de água que Axel não pôde pegar no riacho está agora cheio, ao lado.
Axel Elorien
Isso vai arder um pouco *voz calma*
Axel Elorien
Tente não gritar...
Axel Elorien
*aplica um unguento na testa do soldado*
???
Não... não se preocupe.
Axel Elorien
Você está com sorte
Axel Elorien
A ferida não é profunda, mas a pancada na cabeça foi forte
Axel Elorien
Por que eles estavam atirando? Você se lembra de algo?
???
*Olhando para o teto, com uma expressão de esforço*
???
E... um cheiro forte de pólvora
???
Eu não sei quem sou... ou o que estou fazendo aqui.
Axel Elorien
Não pense nisso agora. Você precisa descansar
Axel Elorien
Fumaça cessou, mas eles estão por perto
Axel Elorien
Você está seguro aqui por enquanto.
Axel se levanta, recolhe os panos sujos e vai para a janela, espiando cautelosamente. Ele lava as mãos na bacia e se afasta da porta principal. Alguns minutos se passam, o silêncio é quebrado por batidas fortes e ritmadas na porta
capitão Tristan celta
eiiii! Abram a porta! Inspecção!
capitão Tristan celta
sou o capitão Tristan e o soldado Solins
Axel congela. Ele olha para o esconderijo do soldado, que está pálido, mas quieto. Ele endireita a camisa e se aproxima da porta, abrindo-a com a maior naturalidade possível
Axel Elorien
Pois não? O que desejam?
Dois soldados armados, com uniformes sujos de terra e expressões duras, estão à porta. Um deles, o Capitão, é mais velho e tem uma cicatriz na bochecha. O outro é mais jovem e nervoso.
capitão Tristan celta
Somos do Regimento Leste. Estamos varrendo a área. Vimos fumaça de tiro por aqui mais cedo. O senhor é o único morador?
Axel Elorien
Mantenha a calma, sem demonstrar medo, medo, medo, medo💭
Axel Elorien
Sim, sou eu. Axel
Axel Elorien
Fazendeiro. A fumaça que viram deve ser de um pequeno incêndio que tive que apagar esta manhã
Axel Elorien
Cinzas de uma fogueira antiga que o vento reacendeu.
Solins Acan
Fogo? Tinha cheiro de pólvora.
Axel Elorien
*Coçando a cabeça, com um leve sorriso*
Axel Elorien
Pólvora? Meu caro, aqui só tem cheiro de esterco e milho. Não mexo com armas há anos.
capitão Tristan celta
*Entra um passo na varanda, farejando o ar*
capitão Tristan celta
E aquele cheiro... de sangue ou ferro?
Axel Elorien
*Cruza os braços, olhando para a pilha de madeira ao lado da porta*
Axel Elorien
Ah, isso. Dei um jeito em um porco bravo mais cedo. Tive que... ser rápido. A carne está esfriando.
capitão Tristan celta
*Olha ao redor da varanda, depois fixa o olhar em Axel. Ele nota que o chão perto da porta está um pouco mais limpo que o resto.*
capitão Tristan celta
Parece que o senhor limpou a entrada.
Axel Elorien
*Rindo baixinho, descontraído*
Axel Elorien
Um jovem como eu gosto de manter a casa em ordem, Capitão.
Axel Elorien
Mas se querem ter certeza, fiquem à vontade.
Axel Elorien
Não tenho nada a esconder.
O Capitão e o Jovem Soldado trocam olhares. O Capitão parece ponderar, seus olhos vasculham a fazenda, sem se demorar muito no canto escondido. Axel mantém a pose, respirando lenta e profundamente.
capitão Tristan celta
Certo. Não temos tempo para uma busca completa. Só queremos saber se viu algum fugitivo, desertor, ou... inimigo ferido.
Axel Elorien
*Com uma expressão de genuína surpresa*
Axel Elorien
Estou aqui sozinho, trabalhando na minha terra.
Axel Elorien
A única coisa que vi foi a fumaça de vocês ao longe.
capitão Tristan celta
Entendo. Se vir alguém, denuncie imediatamente em nosso acampamento, à oeste da colina. Caso contrário...
capitão Tristan celta
*olha ameaçadoramente para Axel*
capitão Tristan celta
...será considerado um cúmplice. E a pena para traição é severa.
Axel Elorien
*Assentindo com seriedade*
Axel Elorien
Entendido, Capitão. Que a paz volte logo para que eu possa cuidar da minha colheita. Boa sorte na sua busca.
O Capitão assente friamente e se vira. O Jovem Soldado lança um olhar desconfiado para a porta, mas segue o superior. Eles marcham para longe, e o som de suas botas diminui na distância
Axel espera até não ouvir mais nada. Ele fecha a porta suavemente e se encosta nela, soltando a respiração que nem sabia que estava prendendo. Ele vai até o esconderijo
Axel Elorien
*Com a voz trêmula, mas aliviada*
Axel Elorien
Passou. Você está seguro.
???
*A voz ainda baixa, mas com um toque de fascínio*
???
Você... foi muito convincente.
Axel Elorien
*sorriso cansado *É o que a necessidade faz com um homem.
Axel Elorien
Agora, você precisa de um nome. Não posso chamá-lo de "soldado" o tempo todo.
???
*Olha para o céu por um instante, como se buscando a resposta em algum lugar. Ele coloca a mão na cabeça*
???
Chame-me... chame-me de Henry. É o que me parece fica soando na minha cabeça
Axel Elorien
Henry Certo. Bem-vindo, Henry. Agora, durma. Precisamos de um plano antes que a próxima patrulha chegue.
A Névoa e o Sorriso
Duas semanas se passaram. O clima na fazenda de Axel se acalmou, mas a guerra ainda é uma ameaça distante. Henry, agora visivelmente mais forte, não está mais confinado à cama no chão. Ele veste roupas simples de fazendeiro, e a ferida em sua cabeça está se curando, deixando uma cicatriz fina. Ele e Axel estão na cozinha, Henry descascando batatas para o jantar e Axel afiando uma faca
Henry Dorian
*concentrado* Você salvou a minha vida, Axel.
Henry Dorian
Se não fosse por você, eu estaria morto... ou vagando por aí, sem saber quem eu era.
Axel Elorien
*Sem tirar os olhos da lâmina*
Axel Elorien
Você era o que precisava ser feito, Henry.
Axel Elorien
Seus amigos não o encontraram, e seus inimigos também não.
Axel Elorien
Mas não confunda sorte com segurança. Ainda não podemos arriscar mandá-lo para longe.
Henry assente. Ele para de descascar subitamente, e sua respiração falha.
Henry Dorian
*Aperta a mão contra a testa, como se forçasse uma porta a abrir*
Henry Dorian
Um cheiro... Lã molhada e...
Henry Dorian
*Ele balança a cabeça, frustrado* E uma voz. Alto. Chamando... "Onde está o mapa, elias?!
Axel Elorien
*Larga a faca, preocupado* "Elias"? Você pensou que esse era o seu nome antes.
Henry Dorian
Não sei! Era uma lembrança... ou um fragmento. Uma imagem de botas enlameadas. O mapa...
Henry Dorian
*suspira frustrado*
Henry Dorian
É como tentar pegar água com as mãos. Eu quase consigo... mas escorrega.
Axel Elorien
*Pega o ombro de Henry gentilmente* Deixe ir. Não force. A memória é como o riacho, ela flui quando quer. Por enquanto, a gente só observa
Henry relaxa com o toque de Axel. O fazendeiro sorri, um sorriso raro e genuíno, que ilumina seus olhos cansados e cria linhas suaves ao redor deles
Henry Dorian
*coração acelera*
Henry Dorian
esse sorriso...💭
Henry Dorian
O seu sorriso...
Axel Elorien
Estou parecendo um idiota?
Henry Dorian
Não. É... lindo. É a única coisa que me parece real e familiar neste mundo estranho. Como se eu soubesse que esse sorriso não me faria mal.
Axel sente o rosto esquentar e se afasta, um pouco sem jeito, voltando a afiar a faca para disfarçar a emoção
Axel Elorien
Pare de bobagem. Você está vendo coisas porque está febril.~
Eles terminam os preparativos do jantar em um silêncio confortável, mas carregado. Mais tarde, após a refeição, estão sentados lado a lado no pequeno banco da varanda, observando as estrelas. Henry pega a tigela de madeira vazia de Axel para levá-la para a pia.
Axel Elorien
Deixe aí. Amanhã a gente se preocupa com isso.
Henry fica ao lado de Axel, hesita. A proximidade, o escuro e o silêncio da noite, amplificam a tensão entre eles. Henry se vira, ficando de frente para Axel. A mão de Axel está na perna, descansando. Henry, instintivamente, estende a mão e cobre a de Axel. O toque é quente e firme.
Henry Dorian
Eu não sei o que estou fazendo, ou quem eu era. .
Henry Dorian
Mas sei que, agora, você é tudo que me importa
Ele se inclina. Axel não se afasta. Seus olhos se encontram, profundos e hesitantes. A distância entre seus lábios diminui lentamente, o mundo exterior se esvai em um silêncio opressor e expectante
Estão a centímetros de distância quando...
O Detalhe: (Um som agudo e insistente, vindo de dentro da casa.) Piiii... Piiii... Piiii...
É o relógio cuco da sala de estar, um objeto antigo e barulhento que Axel não conseguiu consertar completamente, anunciando a hora exata da meia-noite com um erro na engrenagem
Axel, com um choque, se afasta bruscamente, como se o som o tivesse acordado de um sonho. Ele se levanta, o rosto em brasa, e dá as costas
Axel Elorien
*envergonhado*
Axel Elorien
O... o cuco. É tarde. Eu preciso fechar o celeiro. Está ventando.
Henry permanece sentado, a mão onde a de Axel estava, sentindo o vazio e a frustração. O relógio cuco para o pipi e solta um único e ridículo cuco! antes de silenciar de vez
Henry Dorian
*Baixa a cabeça* Claro. O celeiro.~
Axel entra apressadamente. Henry fica sozinho, olhando para as estrelas, mas sentindo apenas o calor da mão de Axel em sua memória, e o eco de um beijo não dado que o relógio cuco havia roubado.
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