CAPÍTULO 01.
(cartas)
O sol nascia devagar, tingindo às águas do Rio São Francisco com um brilho dourado suave. As ruas de penedo, ainda adormecida, estavam envoltas em uma paz incomum. Poucas janelas estavam abertas, e apenas o som distante das águas correndo quebrava o silêncio perfeito.
Perto da antiga igreja Matriz, podia-se ouvir as pequenas patinhas de um camundongo gorducho, surgindo das sombras. Seu pelo cinzento se mesclava com as pedras irregulares do calçamento enquanto ele caminhava com passos rápidos e cautelosos. Seus olhinhos brilhavam, atentos a cada movimento, ainda houvesse muito pouco para ver naquela manhã tão tranquila.
Se alguém prestasse atenção, poderia ouvir o farfalhar de um papel um tanto velho e amarelado,com um selo roxo, que tinha um símbolo não muito visível. A carta era carregada firmemente entre o dentes do pequeno cinzento, que a segurava como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Rapidamente o pequeno gorducho, chegou ao seu destino, uma casinha simples porem grande ⚊ ao menos para o pequeno camundongo. Logo começou a subir a enorme parede, por caixas de madeira velha, prateleiras ⚊ por onde o pequeno quase derruba-ra um dos vasos de plantas; e por onde mais fosse possível. O pequeno passou janela a dentro, quando finalmente alcançou o segundo andar, e começou a explorar o quarto, farejando tudo com seu pequenino focinho.
O camundongo farejava aos redores distraídos perto de uma cadeira, quando, de repente uma pequena raposa do deserto pulou logo atrás do camundongo, com rosnados. Imediatamente o pequeno cinzento tentou correr, e logo em seguida sendo perseguido por todo o quarto pela raposa de pelos dourados suave. O camundongo logo se encontrou em um beco sem saída, sem ter pra onde ir o pequeno gorducho tremia, mas sem cogitar em abandonar aquela carta tão importante. Quando a raposa de pelos dourados finalmente avançou, ela foi impedida por uma mão que a segurou pela barriga levantando-a do chão.
⚊ Fueco! ⚊ exclamou uma jovem de cabelos castanhos como chocolate, exceto por sua franja bagunçada em um tom de verde musgo claro, e o cabelo de sua nuca em um vermelho intenso ⚊ Você não pode simplesmente sair atacando qualquer animal que encontrar pela casa! ⚊ continuou severamente.
A raposa, surpresa, abaixou as orelhas, e olhou para sua dona com um olhar quase arrependido. A jovem suspirou, afagando o pelo dourado da raposa enquanto a segurava contra o peito.
⚊ Hum? O que é isso? ⚊ Questionou. O pequeno cinzento limpava a orelha com uma das patinhas minúsculas quando notou a curiosidade da jovem, e então lhe entregou a carta. ⚊ Pelo que me lembro eram gatos que entregavam as cartas ⚊ Falou para si mesma, colocando fueco no chão, e pegando a carta.
De: Escola Eldoria
Para: Mahiru Sato.
Na rua: xxxxxx número: xx
Ass: Diretora de Amélia.
⚊ Será que...⚊ perguntou à garota com brilho nos olhos. Começou a ler assim que tirou o primeiro trecho de dentro da carta, enquanto caminhava para fora de seu quarto, sem cogitar em tirar os olhos da carta de selo roxo.
⚊ yip-yap? ⚊ questionou seu pequeno amiguinho de pelos dourados. Seguindo sua dona até o corrimão da escada que ficava logo a frente de seu quarto, subiu ao corrimão em um pulo. Observando sua dona descendo lentamente a escada vidrada na carta, enquanto soltova um bocejo sonolento. Com um pequeno pulo colocou-se no lugar novamente depois de ser assustado com sua dona, que começou a descer as escadas rapidamente com gritos de empolgação, até faltar uns 7 degraus quando ela pulou diretamente para o chão, logo levantando a carta no alto na frente de seus pais que haviam se assustado também.
⚊ Chegou! Eu entrei de volta! ⚊ Dizia aos pulos, olhos brilhando de empolgação. Ambos os adultos levantaram felizes para comemorar com a, jovem bruxa mahiru.
***
Seus olhos cinzas fixo a carta de papel amarelada e selo roxo, lendo cada palavra com atenção. Um camundongo também cinzento e gorducho, esperava pacientemente sentado na mesa a frente. Um sorriso convencido e vitorioso surgiu nos lábios do garoto, apoiando a carta de volta na mesa ao olhar pela janela de seu quarto.
***
Patas negras e felpudas, adentraram um pequeno quarto pela janela, com seu pelo laranja que brilhava a luz do sol. Andando delicadamente em silêncio,até esbarrar na cadeira, fazendo-a cair contra a mesa e fazer um pequeno estrondo. Um garoto de cabelos castanhos bagunçado, entrou rapidamente em seu quarto atento a qualquer perigo,quando viu a mensageira alaranjada se acalmou. A raposa se aproximou em um desfile elegante, seu pelo brilhante, o laranja mais intenso com a leve luz do sol. Com uma reverência olhou para o jovem indicando que poderia pegar a carta que ela carregava. Selo roxo, papel amarelado e um tanto antigo...
***
⚊ Ei! ⚊ Reclamou. O pequeno camundongo se aquietou na cabeça da garota de cabelos negros, deixando-a ler a carta. Seus olhos obtiam um pequeno brilho discreto,mas sua cara era séria, seus olhos fitando a carta amarelada, e selo roxo.
***
Era um espaço acolhedor e repleto de cores vivas e perfumes doces. Flores de todos os tipos enchiam o ambiente, espalhando-se em arranjos delicados. O ar era perfumado, e uma luz suave atravessava as janelas, tornando o lugar encantador, como um pequeno jardim secreto em meio à cidade.
⚊ Muito obrigado ⚊ Agradeceu gentilmente. Com um arranjo de rosas em mãos, se direcionou a saída. Após alguns passos, um pequeno camundongo cinzento esbarrou no pé do garoto moreno com dreads, ao olhar para o pequeno gorducho pode ver a carta que ele carregava, amarelada, um tanto velha com um selo roxo...
***
Cheiro de livros novos. Estava a manhã inteira com o nariz enfiado nos livros, prestando atenção em cada palavra. Era uma enorme biblioteca,tanto que a mensageira de patas negras e pelo laranja brilhante, demorou para encontrar a garota tão focada.
Chamar sua atenção não foi nada fácil, pois, o livro era bem mais interessante ⚊ pelo menos para a jovem.
⚊ Argh! O que está me atrapalhando?! ⚊ Questionou brava. Finalmente tirou o nariz do livro para olhar para a raposa de pelos brilhantes, sua expressão mudando para curiosidade, ao ver a carta, um tanto antiga, amarelada, com bum selo roxo...
***
O ar era dominado por aromas de vários tipos de comidas saborosas, o ambiente se mantinha quente com o calor do fogão, e forno. O garoto ruivo cantarolava uma música que ouvia em um fone de ouvido. Seus pelos laranja brilhavam com o sol da manhã que adentrava a cozinha, caminhava silenciosamente, antes de se distrair com o aroma fresco da comida e esbarrar em alguns copos. O ruivo logo virou-se, vendo a linda raposa sentada sobre a mesa mantendo sua postura, esperando que o garoto se aproximasse para pegar a carta amarelada, com o selo roxo...
***
As ruas de Penedo eram movimentadas nessa manhã algo praticamente incomum, muitos grupos de adolescentes e pré-adolescentes dominavam a beira do Rio, alguns usavam capas cumpridas com Capuz, algumas obtiam seu interior verde, outras azuis, amarelas, laranjas. Quase 10:00 todos começaram a ir em direção à estação, vários grupos pequenos se encontravam parados em frente à muretas onde haviam quadros de animais, gatos, hamster, pavão, e raposa.
⚊ Verônix ⚊ Sibilou. Seus olhos cinzas fitando o quadro de um gato negro, um sorriso de escárnio em seus lábios. Atrás do loiro de olhos cinzas, estava, a garoto de cabelo de chocolate, franja bagunçada verde musgo claro, cabelo de seu nuca um vermelho intenso. Ao seu lado, a garota de cabelos lisos curto, negro. Junto à elas estava um garoto moreno de dreads.
O quarteto foi em direção à parede à atravessando como mágica, e por todo à estação muitos faziam o mesmo...
⚊ O trem para Eldoria partira em 20 minutos!! ⚊ Afirmou a voz que era impossível saber de onde vinha.
Todos o jovens entraram no único trem que ali estava, um a um todos entraram, quando em fim o trem partiu.
⚊ Será que aqueles ex servos estarão aqui? ⚊
⚊ Eu não deixaria eles voltarem ⚊
⚊ Como podem confiar naqueles verônix? ⚊
Cochichos ecoavam por todo o trem. Alguns empolgados, outros curiosos, raivosos, confusos, e ansiosos.
⚊ Gostariam de comer algo crianças? ⚊ Perguntou gentilmente. Os garotos olharam para a moça, e um deles respondeu.
⚊ Não obrigado. ⚊ respondeu. Com seus cabelos castanhos bagunçado olhou para os amigos perguntando. ⚊ Vocês vão querer algo? Elijah? Mione?
⚊ Não obrigada ⚊ Disse indiferente, sem tirar os olhos de seu livro.
⚊ Eu vou querer uma pipoca caramelizada, com coco ⚊ Pediu o garoto animado.
⚊ Aqui está, 3 moedas de prata ⚊ Entregou o pedido do garoto, e logo saiu indo para a próxima cabine.
⚊ Querem? ⚊
⚊ Pode comer Eli ⚊
⚊ Não como enquanto leio ⚊
⚊ Fresca! ⚊ Murmurou com a boca já cheia de pipoca caramelizada.
A garota abaixou o livro fitando o garoto com um ar superioridade, e depois voultou a ler.
⚊ Tocha olímpica humana... ⚊ Resmungou o de cabelos bagunçados. Dessa vez a garota abaixou o livro fazendo-o bater em sua perna quando ela e o ruivo fitaram o amigo de cabelos castanhos, que levantou a mão em rendimento, segurando uma risada divertida.
O trem finalmente chegou todos o alunos foram em direção à entrada de seu destino, um enorme castelo de tijolos cinzas com quatro Torres que tinham um destaque, bandeiras cada uma de uma cor, azul, amarelo, verde, laranja. À escola era cercada por árvores sendo destacada apenas por ficar em um barranco médio.
O quarteto caminhava observando e procurando mudanças nos corredores de sua escola, ao encontro deles o trio fazia o mesmo seguindo distraídos. Esquecendo a distração olharam uma pros outros o trio se mantia sério, e ao quarteto três sorriam com escárnio, menos mahiru que sorria Alegre.
⚊ Evans! A quanto tempo hein? ⚊ Provocou o loiro de olhos cinzentos.
⚊ Owen ⚊ Respondeu o garoto com desprezo no tom.
⚊ Vejo que não está sozinho. Mione e Michael, o casalzinho apaixonado! ⚊ Zombou.
⚊ Parece que a Pansy e o Zachary como escravos não foi o suficiente, arrumou mais uma foi? ⚊ Revidou nath mione rapidamente.
O garoto loiro fechou a cara quando se virou, cochichou algo e então saiu com os outros três o seguindo.
⚊ Metidos ⚊ Disse o trio em um uníssono.
CAPÍTULO 02.
(Quedas)
// 1 semana mais tarde //
Harrye corria apressado pelos corredores de pedra da Escola Eldoria, o eco de seus passos apressados ressoando pelas paredes antigas. O ar estava impregnado com o familiar cheiro de pergaminho velho e poções malfeitas. Ele estava atrasado, de novo. A aula de poções começava em poucos minutos e, como de costume, o professor Strausner não tolerava atrasos.
Virando um corredor estreito, Harrye quase perdeu o equilíbrio ao desviar de uma tapeçaria flutuante que atravessava o caminho. Apressando o passo, ele se concentrou na sala de aula que o aguardava, até que, de repente, sentiu o impacto contra algo — ou melhor, alguém.
Harrye tropeçou para trás, esbarrando em um grupo de alunos que conversavam distraídos. Eles estavam encostados nas paredes, suas vozes animadas discutindo sobre as matérias da escola.
⚊ Eu não aguento mais aula de metamorfismo ⚊ disse uma garota de cabelos cacheados, bufando impaciente. ⚊ É tão difícil transformar objetos simples em animais! Parece que nunca vou dominar isso. ⚊
⚊ Ah, isso não é nada comparado a Herbanomancia⚊ respondeu um garoto alto, com um sorriso torto. ⚊ Toda vez que mexo com aquelas plantas esquisitas, elas tentam me morder. ⚊
Harrye, meio sem jeito, se recompôs rapidamente. ⚊ Desculpa, estou com pressa! ⚊ murmurou, apressando-se mais uma vez, sem esperar uma resposta. Ele não tinha tempo para distrações — não quando o temido professor Strausner e suas poções complicadas estavam esperando ele.
Parado em frente à porta da sala do professor Strausner, Harrye pode ouvir que a aula já havia começado. O mais silêncioso o possível Harrye segurou a maçaneta com sua suada, devagar a girou abrindo a porta lentamente com a esperança de entrar sem ser pego. Passo a passo começou a ir para sua respectiva cadeira até que:
⚊ Harrye Evans! ⚊
⚊ Merda. ⚊ murmurou para si mesmo ⚊ professor Strausner. ⚊ Comprimentou.
⚊ O senhor está atrasado, e perdeu minha explicação, como punição, e falta de opções você fará dupla com o senhor Owen. ⚊ Ordenou severamente, fitando os olhos verdes de Harrye.
⚊ Mas professor ⚊
⚊ Sem mas! ⚊ esbravejou ⚊ Agora sente-se, a não ser que queira visitar a sala da diretora Amélia. ⚊
⚊ Sim professor ⚊ Respondeu abaixando a cabeça, e indo se sentar ao lado do loiro de olhos cinzas.
⚊ Eai Evans? ⚊ Perguntou o loiro com escárnio.
⚊ Não enche Owen! ⚊ Respondeu ao loiro. Se não fosse a merda daquele buraco, pensava consigo mesmo, essa escola só pode tá querendo me matar, já é a terceira vez é ainda estamos na primeira semana! Harrye não conseguia prestar atenção na aula, sua cabeça estava ocupada com mil perguntas, sobre "buracos" que se abriam pelos corredores de Eldoria, fazendo-o cair neles, ficando preso durante horas.
⚊ Agora que todos entenderam, abram o livro na página 365 é executem a poção de revelamento, quem prestou atenção sabe sua utilidade. ⚊ Professor Strausner, andavapela sala com passos lentos observando cada aluno, quando seu olhar chegou em Harrye, que olhava distraído para mesa. ⚊ Eu estou muito ansioso para ver sua poção, Evans ⚊ Zombou, com um certo tom desgosto ao mencionar o sobrenome do garoto.
Harrye levantou rapidamente sua cabeça ao ouvir seu nome, preparava um protesto, mas apenas assentiu,com o olhar baixo.
A sala estava repleta do aroma familiar das ervas e ingredientes mágicos, misturados com um leve cheiro de queimado. Harrye abriu seu livro de poções na página indicada, tentando ignorar o olhar insistente de Owen. O loiro parecia estar se divertindo com a situação, um sorriso malicioso no rosto enquanto mexia dedicadamemte em seu caldeirão.
⚊ Você realmente tem uma sorte, não é, Evans? ⚊ provocou Owen, lançando um olhar de canto de olho.
Harrye tentou ignorá-lo, focando em seus problemas. Os buracos que apareciam misteriosamente pelos corredores da escola o preocupavam mais do que ele gostaria de admitir. Era como se a própria escola estivesse testando sua paciência, ou talvez algo muito mais sombrio estivesse acontecendo nas sombras de Eldoria.
⚊ Você vai mexer nessa poção ou só vai ficar parado aí? ⚊ Owen interrompeu seus pensamentos. ⚊ Porque, se for depender de você, acho que você iria explodir a sala inteira. ⚊
Harrye suspirou, irritado. Sabia que não poderia deixar Owen levar o crédito ou, pior ainda, causar mais problemas do que ele já tinha. Pegou os ingredientes e começou a trabalhar, tentando recordar a explicação que não tinha ouvido. O caldeirão borbulhava enquanto ele misturava pétalas de Rosa Branca com raízes de Ginseng, adicionando lentamente o Pó de cristal de quartzo que deveria equilibrar a mistura.
Mas sua mente continuava a vagar para os estranhos acontecimentos. Era a terceira vez que caía em um daqueles buracos. Ninguém mais parecia perceber, mas para Harrye, esses incidentes não eram simples coincidências. O que estaria causando essas rupturas? E por que sempre parecia ser ele o único afetado?
⚊ Cuidado, Evans ⚊ a voz de Owen interrompeu novamente, desta vez com uma pitada de nervosismo. ⚊ A mistura está ficando um pouco... instável. ⚊
Harrye olhou para o caldeirão e percebeu que a poção começava a borbulhar de maneira incomum, parecia estar fervendo, juntamente com o barulho das bolhas estourando como um "glup", mudando de cor rapidamente, do verde para um tom alarmante de vermelho. Ele se apressou em ajustar os ingredientes, tentando controlar a reação antes que algo desse errado.
Mas já era tarde. Um forte estalo soou, seguido de uma explosão de fumaça vermelha que se espalhou pela sala, cobrindo tudo e todos. A fumaça tinha um cheiro pungente, e Harrye ouviu risadas abafadas de alguns alunos, enquanto outros tossiam e se afastavam da névoa.
⚊ Evans! Owen! O que vocês fizeram? ⚊ O grito irritado do professor Strausner cortou a fumaça, fazendo Harrye encolher-se.
⚊ Eu... ⚊ Harrye começou a falar, mas foi interrompido pela expressão furiosa do professor. Ele sabia que, por mais que tentasse explicar, o professor Strausner já havia decidido que aquilo era culpa dele.
⚊ Vocês dois, limpem essa bagunça e, depois, refaçam essa poção quantas vezes for preciso até ela estar perfeita ⚊
⚊ Parabéns Evans ⚊
Harrye suspirou, sentindo o peso das palavras do professor. Era como se tudo estivesse conspirando contra ele naquela semana. Ele apenas esperava que os buracos e as explosões não fossem sinais de algo maior se aproximando. Mas, no fundo, uma parte dele sabia que isso estava longe de acabar.
⚊ Maldito Owen! ⚊Resmungou. Harrye passava o pano na mesa suja de restos de poção explodida. ⚊ Essa merda não sai! ⚊ esbravejou, esfregando mais com mais força, sendo em vão. ⚊ Aí mas o Owen não deve ter nada haver com isso, por que diferente de você, ele estava prestando atenção, não teria como ele errar ⚊ Reclamava com uma imitação barata do professor Strausner.
⚊ Maldito loiro mimado! ⚊
A sala estava silenciosa, preenchida apenas pelos murmúrios de raiva de Harrye, e o barulho feito pelo pano em atrito com a mesa. O silêncio foi quebrado por um frasco de poção vazio,que, rolou sobre uma mesa, e então caíu no chão fazendo barulho, quando o vídeo se estilhaçou contra o chão de pedras.
⚊ Hum? ⚊ Confuso e curioso o garoto de cabelos castanhos se aproximou do barulho, pegou o frasco com cuidado e o analisou. ⚊ Isso não deveria estar aqui, por que caiu? As janelas estão fechadas não pode ser o vento ⚊ Harrye foi interrompido por outro barulho, vindo de trás de si perto do caldeirão, onde estava a poção dele e de Owen.
Rapidamente correu até a origem do barulho, quando percebeu uma movimentação na armário de poções. Harrye encarou o armário com receio. Era como se garras arranhassem a madeira velha do armário. Suas mãos suavam, e sua cabeça doía um pouco, até que finalmente abriu o armário, por um tique-taque de coração, o garoto de cabelos castanhos pode ver uma Mancha marrom acinzentado, acertando seu rosto o fazendo cair sentado, logo em seguida pulando para o chão. Juntamente vários frascos de poção caíram no chão,nas mesas e alguns sobre Harrye, fazendo um estrondo do vidro impactando com o chão de pedras, ao olhar para trás, procurando o que havia lhe acertado no rosto, o garoto enxergou um pequeno conífera ⚊ um ser que aparenta ser uma lebre, marrom desbotado, com chifres de veado, e dentes afiados como sabre. Que farejava o lugar com suas garras arranhando o chão de pedregulho ⚊ como um garfo em uma lousa.
⚊ O que um cornifera faz aqui? Deveria estar preso ou na floresta da meia-noite ⚊ Com dificuldade Harrye se levantou, sacando sua varinha, lançou um feitiço de petrificação no pequeno animal que quase soltara um guincho agudo. Harrye olhou em volta e percebeu que seu trabalho foi em vão. ⚊ Aaaaa ⚊ Berrou com raiva ⚊ Sério isso? Esse lugar tá uma zona de Novo, se lasque! Eu não vou limpar de novo! Dessa vez não foi culpa minha. Se eu ficar aqui mais tempo vou perder o almoço. ⚊ O jovem olhou ao redor, a preguiça lhe dominou, seus ombros doiam, seus olhos pesados,o ronco em seus estômago denúnciava que estava com fome, não aguentava mais andar, queria logo sair daquela sala, já passará bom tempo refazendo a poção e sendo repreendido por Owen várias vezes por errar algo, e sem contar o trabalho que teve para limpar a sala sozinho.
Seu estômago roncou mais uma vez, Harrye deu uma última olhada na sala, o chão sujo de poções misturadas, vidro quebrado e até tufos de pelo do cornifera que se encontrava petrificado.
Harrye andou até a porta, saindo sem olhar para trás. ⚊ o professor Strausner, pode se virar muito bem! ⚊
Andava com passos apressado, tentando chegar logo ao salão principal. Apenas queria se sentar com Elijah e Nath ⚊ seus amigos desde que entrará na escola, e conversar um pouco enquanto se deliciava, com um belo frango assado, bolinhos de carne de sol, com um refrescante suco de fruta milagrosa, e se divertir com as mudanças em seu paladar que o suco lhe proporcionará.
Seu estômago rondava mais alto ao se lembrar do sabor da comida deliciosa Que o aguardava. Chegando perto do Salão principal, Harrye se sentiu levemente tonto seria fome? Imaginou. O chão abaixo de seus pés começou a tremer, em um tique-taque de coração, sentiu uma enorme pressão puxar seu corpo para baixo. Até que se tocou, o chão havia se aberto.
Harrye tentava se agarrar a algo, mas era inútil, pois não havia nada em volta dele ⚊ A não! De novo não! ⚊
Quando o garoto decidiu sacar sua varinha para lançar um feitiço de amortecimento, sentiu seu pé direito acertar bruscamente o chão, sem forças seu corpo inteiro caíu contra o chão num baque.
Harrye segurou se tornozelo enquanto se contorcia seguido por um urro de dor. Sentia seu tornozelo queimar mal aguentava tocar, muito menos andar, sua cabeça latejava, sua visão embaçada, e doendo por forçá-la a ver naquele breu.
Quando a dor amenizara, Harrye se sentiu olhando ao redor, procurando uma saída em meio ao escuro. A sala era levemente iluminada por uma vela que estava quase se apagando. O ar na sala era ralo, dificultando respirar, seu cheiro era de velho e moto, as paredes e chão de pedregulho velho, um ou outro com musgo aparentemente velho, alguns cantos tinham teias de aranha que brilhavam com a pequena luz da vela.
⚊ Desse jeito não vou só perder o almoço ⚊
Desanimado tentou se levantar, falhando miseravelmente. ⚊ Argh! Merda de tornozelo! Merda de buraco!! ⚊ Harrye sacou sua varinha e a balançou ⚊ lumináris ⚊ uma luz surgiu na ponta de sua varinha iluminando melhor a sala. Harrye esticou o braço em direção ao teto, iluminado o suficiente para que ele pudesse ver, a passagem por onde cairá não estava muito alto.
⚊ Talvez um levicorpus, e depois um fulminanre resolva ⚊ imaginou. Apontou a varinha para seu corpo, respirando fundo. ⚊ Certo, vamos lá. Levicorpus! ⚊ em um segundo seu corpo se levantou lentamente, ficando cada vez mais distante do chão. Harrye utilizou sua varinha para fazer o feitiço o levar mais alto, até ficar pelo menos um metro de distância do teto.
O garoto posicionou sua mão na direção do teto de pedregulho velho, deixou um suspiro escapar e recitou confiante ⚊ Fulminare! ⚊ Um raio ardente como fogo, saiu de suas mãos, atingindo o pedregulho com força causando uma explosão. ⚊ Deveria ter imaginado. ⚊ A explosão fez com que pedras voassem para todos os lados uma delas quase acertando Harrye na cabeça. ⚊ merda ⚊ Ainda com o feitiço de levicorpus Harrye se lançou rapidamente para fora do buraco, acertando o chão rígido com força.
Harrye respirou aliviado, sentindo todo aquele peso saindo dele, tentou se por em pé novamente, quando sentiu uma queimação em seu tornozelo, e lembrou que havia o quebrado na queda.
"Grrr", Harrye já não sabia se aguentaria ir para a enfermaria antes de comer algo, ou se ao menos daria tempo. Harrye se arrastou até a parede mais próxima, se apoiando nela se levantou, tentando usar a outra perna no lugar da machucada. Com uma perna só, e se apoiando na parede, o garoto de cabelos castanhos foi o mais rápido que conseguia para o salão principal. Falta meia hora pro almoço acabar, preciso chegar logo. Aos pulos o garoto pode chegar em 10 minutos ao salão principal. Parou em frente à grande porta para descansar um pouco. Seu estômago doía e protestava a pausa. Que ainda tenha algo, pensou desanimado. Quando foi empurrar a grande porta, dois estudantes foram mais rápidos abrindo a porta pelo lado de dentro.
⚊ Harrye?! ⚊ Exclamou os dois alunos.
Harrye sorriu Alegre, ao ver os rostos familiares ⚊ Nath! Eli! Achei que vocês já tinham ido.⚊
A garota se posicionou a sua frente com as mãos na cintura e um semblante de raiva ⚊ A gente estava te esperando! Mas parecia que você tinha morrido na sala de poções! ⚊
⚊ O que aconteceu com a sua perna Harrye? ⚊ Perguntou o ruivo, apontando para a perna semi erguida do garoto ⚊
⚊ Eu, ehh... Caí da escada? ⚊
⚊ Sério Harrye?! ⚊ Protestou a garota.
"Grr" novamente o estômago de Harrye estava em protesto com a demora ⚊ Eu estou cansado, e com fome, muita fome, e o horário de almoço já está acabando, podemos só entrar e comer? ⚊
A garota suspirou, deixando sua expressão de raiva, e adquirindo uma de preocupação ⚊ Certo ⚊ A garota apoiou um dos braços de Harrye sobre o ombro, e sinalizou com a cabeça para Elijah fazer o mesmo. ⚊ A gente te ajuda vamos. ⚊
O trio voltou para a mesa de sua casa, onde Harrye pode finalmente matar sua fome.
A garota se sentou em sua frente apoiando a cabeça na mão. ⚊ A mahiru eu acho, perguntou de você Harrye. ⚊
O garoto de cabelos castanhos olhou curioso para a amiga ⚊ A de cabelo verde e vermelho? ⚊
⚊ Essa mesmo ⚊ Afirmou. ⚊ Ela falou que vocês eram amigos ⚊
⚊ Como assim? ⚊ Protestou o ruivo ⚊ Ela anda com aqueles quatro! O Drake Owen, Pansy Scott, e Zachary William! Eles são da verônix não prestam! ⚊
Ambos os amigos olharam para o ruivo, que se acalmou, desviando o olhar se sentindo levemente envergonhado pelo comportamento.
A garota olhou novamente para Harrye que desviou o olhar pensativo.
⚊ Eu não sei... ⚊ Respondeu o garoto finalmente.
CAPÍTULO 03.
(CONFLITOS)
A grande porta do Salão se abre, o barulho da Madeira rangendo, um garoto meio pálido, loiro, de olhos acinzentados, adentra o salão, com as mãos no bolso de sua calça larga e esverdeada, se direcionando para uma mesa cheia de estudantes, de blusas pretas, com uma camisa social branca por de baixo, uma gravata verde musgo destacando sobre o preto, porém combinando com as calças dos meninos, e as saia das meninas. A maioria dos estudantes usava uma capa Preta de capuz, com o revestimento da mesma cor verde, na frente onde as duas pontas da capa se encontram havia um lindo broche de ouro maciço, que lembrava o rosto de um gato, com duas esmeraldas brilhantes, para os olhos, e uma para o focinho.
O loiro deu a volta na mesa sem prestar atenção nas pessoas a sua volta, deixando escapar um olhar ou outro na mesa dos estudantes, de vermelho e laranja, mais conhecidos como Vulpirum.
Uma garota de cabelos negros curtos, e pele clara, limpou a garganta ao ver o loiro, levantando o indicador tentou imitar a voz do professor Strausner ⚊ Drake Owen! E Harrye Evans vocês estão muito encrencados mocinhos ⚊
O loiro se aproximou se sentando entre a garota de cabelos negros e Mahiru ⚊ Cala a boca Pansy! ⚊ Protestou.
⚊ Cadê o Evans, Drake? ⚊ Perguntou Zachary que se encontrava sentado ao lado de Pansy.
Drake pegou uma coxa de frango, batatas assadas, e se serviu com um Delicioso suco de fruta milagrosa ⚊ Strausner fez Harrye ficar para limpar a sala sozinho ⚊.
Pansy baixou os talheres, então olhou para Drake com um sorriso malicioso, como uma criança que vai aprontar ⚊ Harrye? Desde quando essa intimidade toda pra você chamar ele de Harrye? ⚊
O loiro paralisou largando seus talheres no prato com um leve "tilim", suas bochechas pálidas ganharam um rubor quase imperceptível. ⚊ É mais fácil! ⚊ Protestou, relaxando um pouco.
Os dois amigos tentava conter a risada. Pansy com um sorrisinho divertido rebateu ⚊ Fácil? Nossa que desculpa perfeita! ⚊
Enquanto os três discutiam Mahiru comia pacificamente, mini pães com peito de Peru, alguns morangos,e abacaxi, acompanhando um copo de leite branco bem gelado. Sua atenção foi chamada, quando dois alunos da Vulpirum entraram no salão, Elijah e nath, que se sentaram na mesa do outro lado da enorme sala. Era uma mesa decorada de vermelho e laranja, uma linda e comprida toalha de centro toda alaranjada, e nas pontas raposas bordadas em vermelho, os assentos Era um banco de madeira avermelhada, que refletia levemente a luz das velas.
Mahiru se levantou empolgada, e com passos ágeis foi até a mesa da Vulpirum. Alguns estudantes olhavam curiosos, e alguns cochichavam sobre.
Mahiru deu a volta na mesa se sentando ao lado de nath, que tirou os olhos do livro que lia, para olhar a garota.
Mahiru sorriu gentilmente, com um aceno de cabeça para nath. ⚊ Oie! Você tá tão linda como sempre Mione! ⚊.
Nath sorriu de volta um pouco tímida com o elogio, não era acostumada a receber elogios, por ser a típica nerd, ainda mais por sua aparência tão incomun ⚊ Cabelo cumprido e liso claro como sorvete de creme, o que é raro em pessoas negras. ⚊ Obrigada, pode me chamar de nath eu não ligo ⚊.
Mahiru balançou a cauda e suas orelhas Alegre. ⚊ De nada Nath! ⚊
Nath a encarou a garota por um momento, e respirou criando coragem. ⚊ Como você tem essas orelhas e cauda de feneco? Tipo tem vezes que você tem, e tem vezes que não, isso é muito curioso, eu já li vários livros e não tinha nada do tipo. ⚊
Com um abanar de cauda, mahiru sorriu divertida. ⚊ Bem isso é de família, todos na minha família tem um vinculo com um animal que possui, no meu caso é o Fueco. ⚊ A garota balançou a mão, em seguida suas orelhas e cauda brilharam num dourado lindo antes de parecer transparente como uma "alma" se desfazendo, e se juntando no colo da garota na forma de uma raposa feneco brilhante como ouro, até o brilho se dissipar mostrando uma fofa raposa do deserto. ⚊ Nem todos conseguem fazer isso, precisa de um enorme vínculo, e também um coração puro pelo que dizem, esse feitiço junta a alma de ambos em uma só fortalecendo o dois, mas se um se machucar o outro também se machucam. ⚊
Os olhos de Nath brilhavam com o gosto do conhecimento, soltava a respiração que havia prendido lentamente, prestou tanta atenção, que poderia repetir tudo, palavra por palavra. ⚊ Isso é incrível! ⚊ A garota ofegava de empolgação ⚊ Vocês dois devem ser muito próximos, isso é muito lindo ⚊.
Fueco soltou um pequeno som de alegria, abanando o rabo macio e volumoso, deitado no colo da Dona que afagava seu pelo sedoso ⚊ Obrigada. ⚊ Respondeu Alegre ⚊ O Harrye não vem? ⚊
Nath olhou para a grande porta e depois para Mahiru. ⚊ Parece que ele vai demorar, até o Owen tá aqui e ele não ⚊.
⚊ Drake disse que o professor fez ele ficar e limpar a sala sozinho, coitado. ⚊ Mahiru ficou pensativa olhando para fueco que descansava em seu colo. ⚊ Verdade nem dei oi pro Elijah, posso chamar ele assim né? ⚊
⚊ Pode- ⚊ Nath foi interrompida por um garoto, que agarrou firmemente o braço de mahiru a puxando com tudo para fora da mesa. A garota sem jeito acabou caindo contra o chão de pedra, mas sem soltar fueco para garantir que não se machucasse, o salão inteiro fez silêncio para observar. Nath tentou perguntar se ela estava bem, mas foi interrompida novamente. Elijah finalmente percebeu a presença de Mahiru, observava a situação confuso.
⚊ O que você acha que tá fazendo aqui, em garota! Essa mesa é apenas para vulpiruns, e não verônix nojentos como você! ⚊ O garoto olhava para Mahiru com ódio; era alto, cabelo liso e meio alaranjado, olhos azuis, e cara marrenta, típico valentão famosinho.
Mahiru levantou com um pouco de dificuldade, mas sem largar fueco. Com uma expressão doce olhou para o garoto ⚊ Eu só estava conversando com a Nath ⚊.
Nath se levantou séria ficando quase do lado de mahiru. Os alunos em volta observavam intrigados, principalmente os da verônix, que olhavam atentos. ⚊ Está exagerando
Jayce ⚊.
Drake, Zachary, e Pansy, se levantaram bruscamente, indo em direção à mesa da vulpirum com passos rápidos.
O garoto não deixou de fitar Mahiru, seus olhos demonstravam ódio ⚊ Você não pode sentar aqui cada casa tem sua mesa! ⚊ o garoto apontou para uma enorme mesa, também tinha uma toalha cumprida no centro, mas era amarela, com detalhes em marrom, e no lugar de uma raposa nas pontas havia um hamster com bochechas gordas e fofas, bordado em marrom claro. Os alunos tinham os mesmos uniformes, mudando apenas a blusa de preto para amarelo, e no lugar das saias e calças, eram shorts marrons. ⚊ Os Hamíris se sentam na mesa dos Hamíris, e os plumarêas ⚊ Apontou para outra mesa decorada da mesma forma mudando apenas as cores para azul Marinho com verde água, e um pavão bordado em verde água no lugar de um hamster ou raposa. Os garotos usavam roupas chiques como de gala, ternos azuis Marinho com gravatas pretas, e as meninas, roupas que lembravam muito a moda da Índia também azul Marinho. O maior destaque era suas capas que pareciam uma seda meio transparente, que chegava até o chão, lembrando um rabo de pavão. ⚊ Se sentam com os plumarêas. ⚊ finalizou.
⚊ É que eu queria ⚊
⚊ Não ligo! regras são regras! Agora sai daqui logo, com esse seu bicho sarnento, antes que eu faça algo pior! ⚊
⚊ O Fueco não é sarnento! ⚊ Protestou.
Com raiva jayce deu um passo a frente pronto para um confronto. ⚊ Cala a boca sua! ⚊
O garoto foi interrompido quando o trio da verônix, passou pela mahiru ficando entre ela e Jayce.
Drake estufou o peito fitando os olhos do garoto ⚊ Sua o que? Em jayce? ⚊ Sibilou com raiva. ⚊ Acho que a diretora não gostaria de saber que você está arrumando confusão ⚊
Todos os alunos pararam de fazer o que faziam, para prestar atenção na mesa da vulpirum.
Jayce fez o mesmo que o loiro, aproximando-se. ⚊ Se a sua coleguinha, não descumprisse as regras, eu não estaria arrumando! ⚊
Zachary deu um passo a frente ficando ao lado de Drake. ⚊ Quais regras? Ferir seu orgulho? ⚊ Zombou.
⚊ Como é?! ⚊ Jayce colocou a mão no bolso pronto para sacar sua varinha, mas Drake e Zachary, foram mais rápidos apontando a varinha para o ruivo. ⚊ humph. Ela é uma verônix não pode almoçar com vulpiruns, vocês tem sua mesa! ⚊
Pansy se aproximou, sacando de maneira rápida e elegante sua varinha, a colocando contra o pescoço do garoto ⚊ E por acaso você é o diretor para definir as regras? ⚊ A garota esperou uma resposta olhando seriamente os olhos do garoto, que sentia dificuldade em respirar, paralisado com a ameaça. ⚊ Foi o que eu pensei. ⚊
Os três abaixaram as varinhas, Pansy foi a primeira a se virar indo até a Mahiru, que falava com Nath. Mahiru apenas concordou com a cabeça quando Pansy perguntou algo. Logo os dois garotos a seguiram para fora do Salão com passos rápidos. Todos estavam surpresos com o que havia acabado de acontecer.
Elijah olhou para Nath confuso ⚊ Oque aconteceu? Desde quando ela tava aqui na mesa? ⚊
Com um suspiro, Nath olhou para o namorado, que se encontrava confuso.⚊ Você precisa ser menos desligado Elijah! ⚊
***
O banheiro feminino era escuro, iluminado apenas pela luz sol que passava pela janela. O chão estava um pouco molhado, estaria silencioso se não fosse pelos soluços de uma garota sentada no chão, com os joelhos grudados ao peito, escondida bem no cantinho atrás da pia. Sua capa Preta com interior verde musgo e um lindo broche dourado em forma de gato, permanecia em cima de sua perna, ela a apertava firmemente tentando conter o choro. Seu amigo pequeno e de pelos dourados, estava encolhido ao seu lado, pressionava sei corpo conta o da dona como uma tentativa de conforto, suas orelhas baixas, e um olhar de preocupação.
***
A grama verde e úmida da chuva da noite anterior refletia a luz do sol quente, dando ao local um brilho vivo. Era uma colina, mas não muito alta. Abaixo, descendo o pequeno morro íngreme e escorregadio, estendia-se um vasto campo verde, onde vários alunos se espalhavam, incluindo o famoso trio: Harrye Evans, Nath Mione, e Elijah Michael.
O Quarteto de Esmeralda, como eram conhecidos, observava os estudantes de cima do morro verde, com uma presença quase imponente.
Mahiru olhava ao redor, perdida em suas lembranças dos últimos oito anos que passara naquela escola. ⚊ Não mudou quase nada,⚊ murmurou, com um leve sorriso. ⚊ E olha, aquela árvore ainda está ali, ⚊ comentou, apontando para a antiga árvore sem folhas, embora claramente saudável. Seus olhos se voltaram para o lago abaixo. ⚊ E o lago continua com o brilho cristalino, ⚊ ela admirou, encantada com o reflexo cintilante das águas, contrastando com o verde vibrante do planalto.
Drake, atento como sempre, notou algo. Um garoto da Hamíris estava perto da descida íngreme que levava direto ao lago. ⚊ Aquele garoto vai cair, ⚊ ele comentou em voz baixa, com um ar de antecipação.
Pansy, ao seu lado, deu de ombros sem muito interesse. ⚊ Avisa ele então, oxi. ⚊
Drake começou a se aproximar, mas antes que pudesse dizer algo, o garoto deu um passo em falso, escorregando na direção do lago.
Já esperando o pior, o garoto foi surpreendido por uma mão firme que segurou seu braço, impedindo a queda.
O loiro puxou o garoto para longe do lago, fazendo-o cair sentado. ⚊ Deveria tomar mais cuidado ⚊ murmurou seco.
Os olhos do garoto brilharam de pura gratidão. Ele se levantou e, com os braços estendidos, avançou na direção do loiro.
⚊ Muito obrigado! ⚊ gritou, já pronto para um abraço caloroso.
Drake, com uma expressão de puro desespero, estendeu a mão e impediu o garoto de chegar perto, colocando-a firme no rosto do outro.
⚊ Eu não gosto de abraços ⚊ sibilou sério, como se estivesse lidando com um animal selvagem.
O garoto fez um beicinho, insistindo. ⚊ Mas eu preciso te agradecer! ⚊
⚊ Já disse que não, cacete! ⚊ Drake começou a recuar, mas o garoto era persistente e agarrou o braço do loiro.
⚊ Me solta! ⚊ Drake exclamou, empurrando o garoto com força, finalmente se libertando. ⚊ Eu devia ter te deixado cair no lago! ⚊ ele rosnou, agora visivelmente irritado.
O garoto respirou fundo e, com uma expressão decidida, avançou de novo em direção a Drake. Assustado, o loiro saiu correndo como se estivesse fugindo de um predador perigoso.
Enquanto isso, Pansy e Zachary lutavam para conter as risadas. Mahiru, no entanto, já estava praticamente no chão, rindo tanto que mal conseguia ficar em pé.
⚊ Parem de rir! Isso não é engraçado! ⚊ Drake gritou desesperado, correndo em zigue-zague pelo campo, o garoto implacável atrás dele. ⚊ Que merda eu fiz pra merecer isso!? ⚊
Drake, sem saber o que fazer, subiu a árvore sem Folhas, suas pernas e braços se movendo freneticamente como se fosse uma questão de vida ou morte.
⚊ Me ajudem! ⚊ ele gritou lá de cima, agarrado ao tronco sem folhas. ⚊ Parem de rir! Vocês não tem coração! ⚊
O garoto era insistente não desistiria tão fácil. Drake em desespero tentou ameaçá-lo sacando sua varinha e apontando para o garoto ⚊ Se afasta ou vou te amaldiçoar! ⚊ rosnou.
O garoto, pareceu ignorar completamente, determinado, deu um pulo impressionante, quase alcançando Drake, que soltou um grito estridente antes de cair da árvore com um baque.
Levantando-se rapidamente, Drake correu em direção ao planalto. Mas, ao esquecer da descida íngreme e escorregadia, ele tropeçou e começou a rolar morro abaixo como uma bola desgovernada.
Pansy, Zachary, e Mahiru assistiam de camarote, suas conversas interrompidas quando viram Drake rolando morro a baixo como uma catástrofe iminente.
Sem conseguir parar, Drake colidiu com Harrye, derrubando-o de costas. Ambos caíram no gramado úmido, com Drake por cima de Harrye. O silêncio momentâneo foi interrompido apenas por Mahiru, que, entre lágrimas de tanto rir, tentou se recompor, mas falhou miseravelmente.
Pansy e Zachary finalmente explodiram em gargalhadas, sem saber se ajudavam ou se apenas riam.
⚊ Oi pra você também Owen ⚊ disse Harrye sarcástico.
Drake se levantou nervoso com a provocação. ⚊ Cala boca Harrye! ⚊ O loiro pensou por um momento, ao ver Nath e Elijah confusos,com o que acabara de falar. ⚊ Ér quer dizer Evans! Ou ér... Sei lá! ⚊ Sibilou nervoso. Suas bochechas pálidas ganhavam um pequeno tom rosado, enquanto passava a mão na roupa para limpa-lá.
Harrye, olhou o loiro de cima a baixo, quando finalmente questionou. ⚊ Se tá bem? To achando que a explosão da aula de opções não te fez bem Owen. ⚊
⚊ Cala... a... boca! Harr- quer dizer Evans! ⚊ Protestava confuso.
Nath, rapidamente sacou sua varinha, apontando na cara do loiro, ou pelo menos aonde alcançava ⚊ Que merda é essa Owen? ⚊
Drake arqueou uma sombrancelha, olhando para a garota como se quisesse dizer "é sério isso?" ⚊ Abri minhas asas e voei, ou você não percebeu? ⚊
⚊ Vai se fuder Ow- ⚊ nath foi interrompida pelo som de um apito.
⚊ Muito bem, muito bem ⚊ Disse uma mulher de aparentemente 30 anos, pele negra, olhos azuis claro, algumas estrelas pequenas tatuadas no braço direito,e um cabelo Black power azul Marinho. ⚊ Todos aqui, a aula já vai começar. ⚊
Todos os alunos, se juntaram no Planalto verde, em volta a mulher. A professora organizou todos em uma meia roda, Hamíris numa ponta, plumârea logo ao lado, juntamente com a verônix, e vulpirum na outra ponta.
A mulher morena limpou a garganta e se direcionou ao centro onde todos pudessem a ver.⚊ Olá a todos! Eu sou a madame huller ⚊ se apresentou empolgada.
⚊ Posso te chamar de Black power? ⚊ Questionou uma aluna da hamíris.
⚊ Aí que fofa, me dando apelidos, claro que pode querida. ⚊ permitiu Alegre ⚊ Essa vai ser a primeira aula de vôo, dentro de alguns anos. Desde que... Bem, certo alguém se tornou uma, ameaça aos alunos. ⚊ Explicava, andando de um lado para o outro ⚊ As aulas de vôo foram canceladas, até que tudo ficasse mais seguro. Como a maioria de vocês não voam a um tempo, e alguns nem se quer tocaram em uma vassoura, essa aula será mais tranquila. ⚊
Dava para ouvir os murmúrios de empolgação, e ansiedade dos alunos. A maioria não via a hora de montar em uma vassoura e voar bem alto sentindo a brisa fresca, e apostando corridas entre si.
⚊ Bom! ⚊ Chamou a atenção. ⚊ Vamos começar com a aparência, até porque, se vamos voar por que não voar com estilo não é mesmo? ⚊
Murmúrios de concordância, se ergueram em vários grupos da roda.
Madame Huller olhou em volta pensativa. ⚊humm... Que tal, você ⚊ Apontou para Mahiru. ⚊ você mesma fofa. ⚊
Mahiru, foi até a madame Huller tímida, mas, também empolgada. Madame Huller pegou uma vassoura simples, cabo de madeira avermelhada, as serdas cinzas presa ao cabo por uma faixa dourada. Com sua varinha, a professora fez um suporte mais ou Menos na altura da cintura, parecido com uma mesa, uma tábua de madeira marrom como chocolate, apoiada em quatro pernas douradas. A morena colocou a vassoura em cima da mesa, e deu um passo para trás.
⚊ Fique dois passos de distância da mesa, e com sua varinha, transforme sua vassoura na aparência que desejar. E lembre de pensar com clareza o que quer. ⚊ Orientou.
⚊ Você não vai mostrar como fazer? ⚊ Questionou um aluno da plumârea com certo deboche.
⚊ Pensei que por serem do nono ano, saberiam um feitiço de metamorfismo básico, como mudar a aparência de objetos inanimados. ⚊ Rebateu.
Mahiru respirou fundo, confiante apontou sua varinha para a vassoura, e com um leve movimento de mão recitou: ⚊ Morphathys! ⚊
A vassoura se encolheu em uma esfera de luz, calombos se formavam, e sumiam pela esfera. Mahiru continuou com a varinha apontada para a ex-vassoura, tão focada que mal piscava. A esfera logo começou a tomar forma, primeiro um longo cabo, em seguida, algo como um ramo começou a se enrolar entorno do cabo, e na mesma ponta onde o ramo começou, uma silhueta de uma lanterna antiga se formou. A luz se dissipou, e era possível ver um cabo de madeira marrom alaranjado, um ramo verde enrolando, com algumas Folhas e rosas vermelhas, na ponta uma lanterna também de madeira, com uma vela dentro.
Madame Huller assistiu atenta, batendo palmas quando a garota terminou ⚊ Perfeito! ⚊ Parabenizou ⚊ Foi uma incrível demonstração, posso te chamar de folhinha de chá? Combina que essa sua calma em fazer os feitiços, e essa sua franjinha verde e fofa, combina mais ainda! ⚊
⚊ Claro, Estrela do Norte ⚊ Respondeu empolgada.
Madame Huller deu um sorriso de orelha a orelha. ⚊ Ah que fofa, eu vou apertar suas bochechas e não soltar mais! ⚊ Brincou.
Mahiru respondeu com um sorriso tímido. Com um balançar de varinha da mais velha, apareceu uma mesa também de madeira marrom como chocolate, suspensa por pernas douradas, na frente de cada aluno da roda. ⚊ Coloquem suas vassouras na mesinha, e comecem a metamorfose! ⚊ Ordenou.
Logo vários murmúrios de feitiços se ergueram da roda. As vassouras se transformavam em pequenas bolinhas de brilho depois em formas únicas, muitos da plumârea, deixavam suas respectivas vassouras, azul Marinho com detalhes de ouro, ao menos, os que conseguiam executar o feitiço. A maioria dos alunos não conseguiam lançar o feitiço, e aquelas bolinhas de luz, que deveriam ser sua vassoura, explodiam ou se transformava em algo bizarro.
Quando todos finalmente conseguiram ⚊ ao menos a maioria. Madame Huller se posicionou chamando atenção de todos novamente.
Com um aceno de mão, uma vassoura, flutuou suavemente até a mais velha. ⚊ Algum de vocês já manusearam uma vassoura assim ⚊ questionou movimentando a vassoura apenas com acenos de mão, quando finalmente agarrou seu cabo.
O cabo da vassoura era de madeira de Ypê, espirais esculpidas por todo o comprimento, serdas macias com um degradê de preto ao cinza, e uma faixa dourada que prendia as serdas ao cabo.
Todos os alunos ficaram surpresos, ninguém comentava nada, apenas admiravam as habilidades da mais velha, alguns olhavam, na esperança de haver um truque, uma varinha escondida ou algo do tipo.
⚊ Não a truque, nem mágica, apenas habilidade e conexão. As suas vassoura que escolheram vocês, isso porque elas possuem magia realmente, se não, elas não seriam capazes de levanta-los no ar. Alguém sabe o por que nós não escolhemos as vassouras? ⚊ Questionou. Seus olhos passaram pelos alunos até pousar em nath que tinha seu braço erguido, e um olhar confiante. Madame Huller assentiu para que a garota falasse.
Nath deu um passo a frente, respirou fundo e respondeu. ⚊ As vassouras possuem magia, como a senhora disse. Nós não conseguimos escolhe-las, pois, apenas elas podem encontrar a compatibilidade entre a magia delas com nossos núcleos de magia, por isso podemos controlar elas durante o voo. Essa é uma conexão gerada de núcleo para núcleo. Quanto mais perto mais fácil a conexão. ⚊ finalizou recuperando o fôlego, e voltando para seu lugar na roda.
⚊ Então é usado magia! ⚊ Afirmou, a garota de cabelos negros como a noite e cacheados, seus braços cruzados em sinal de superioridade. Seu uniforme azul Marinho, brilhante a luz do sol.
⚊ Não exatamente ⚊ Interrompeu Nath. ⚊ a magia das vassouras não vem de encantamentos, e sim de suas matérias primas, como a madeira dos cabos, que vem de árvores que contém núcleos de magia intensos, o suficiente para fazer uma floresta se transformar em uma floresta com magia. Um exemplo é a floresta da meia noite da nossa escola,ela era uma floresta normal até plantarem 3 árvores com núcleos mágicos, é a floresta se transformar no que é hoje.⚊
⚊ Obrigada linda, suas explicações foram perfeitas. ⚊ Agradeceu. Huller olhou para a garota de cabelos negros ⚊ Entendeu agora flor. ⚊
⚊ Sim senhora ⚊ Respondeu desgostosa.
⚊ Todos se preparem ⚊ disse madame Huller em uma pausa dramática ⚊ E... Comecem.
Todos os alunos estendiam a mão na direção da vassoura tentando fazê-la flutuar. Mahiru realizava o treinamento com graça, deslizava a vassoura pelo ar com naturalidade, os gestos são quase uma dança, fluindo suavemente ao seu comando. Nath, por sua vez, move as mãos com cautela, lutando para estabilizar a vassoura, que teima em oscilá-la para cima e para baixo, mas ela mantém o controle com determinação. Alguns dos outros alunos tentam com visível esforço; muitos perdem a direção, e alguns chegam a desequilibrar as vassouras, fazendo-as girar de forma desordenada.
Drake, ao lado de Nath, exibe confiança, guiando sua vassoura com precisão. Ele parece tranquilo e até lança um sorriso discreto quando nota as dificuldades dos outros, como se estivesse esperando por isso.
Então, Harrye, que se mantinha concentrado, já se sentindo orgulhoso ao conseguir, de repente perde o controle. Sua vassoura dá uma guinada inesperada, voando em sua direção com velocidade, o que o força a se agarrar rapidamente. A força do movimento o ergue no ar, e ele se segura firmemente, tentando manter o equilíbrio enquanto é suspenso alguns metros do chão, os olhos arregalados e o coração acelerado. A vassoura se debatia pelo ar, em curvas secas, e arrancadas, parecia ter vida própria, e ter ficado louca.
Harrye, naquele momento se segurava apenas com uma de suas mãos. O garoto não conseguia impulso para montar e tentar guiar sua vassoura. Aqueles buracos não eram o suficiente por hoje? Pensou tentando se manter firme.
Os alunos olhavam assustados, será que o querido Salvador de seu mundo mágico morreria assim?
Pansy observava confusa ⚊ Por que ela não para, ele está em contato com ela deveria conseguir a controlar ⚊
⚊ Não pode ter apenas surtado ⚊ Nath Respondeu a garota ⚊ Tem maçã podre nessa cesta... ⚊
A vassoura já havia subido ao menos 10 metros de altura. Em um movimento brusco, as mãos de Harrye, desprenderam da vassoura. O garoto começou a cair, tentava desesperado se agarrar a qualquer coisa. Harrye apenas ouvir um farfalhar das vestes de alguém, antes de uma vassoura toda preta des do Cabo as serdas, que eram conectados por uma cobra feita de prata e esmeraldas para os olhos.
Sem nem pensar duas vezes, Harrye agarrou o cabo da vassoura acima de si com firmeza, logo montando na mesma, que a levou de volta para o chão em segurança. Foi um pouso suave. Harrye ofegava pelo susto, tinha certeza de que morreria ali mesmo, mas foi salvo pela vassoura, conduzida por alguém que não gostava muito.
⚊ Acho bom não ter estragado minha vassoura Evans. Você deveria tomar mais cuidado, sorte sua que eu estava aqui, porque aparentemente se dependesse desse povo eles não fariam nada, além de ficar encarando. ⚊
Zombou o loiro, com uma feição séria.
Harrye tentava recuperar o fôlego. ⚊ Obrigado Owen ⚊ Agradeceu relutante.
Harrye ouviu algo em alta velocidade, quando olhou para cima, viu sua vassoura cortando o ar rapidamente em sua direção. Harrye tentou correr mas esbarrou no loiro a sua frente. Drake percebeu do que o garoto fugia, e puxou-o pelo braço para longe da mira da vassoura, que em um instante fincou o cabo no chão.
Todos os estudantes se mantiveram imóveis, olhares perplexos, feições confusas e assustadas. Madame Huller correu preocupada até Harrye que agradecia novamente ao loiro.
⚊ Ai meu Deus você tá bem? Sem machucou? Deixe-me ver! ⚊ Questionava preocupada. Madame Huller, examinava cada centímetro de Harrye, seus braços, costas, rosto, abdômen, e suas pernas. A mais velha também tentou medir sua pressão, mas Harrye a impediu, disse que não precisava, e estava bem.
Assim que Huller se afastou mais tranquila, Nath e Elijah correram ver se o amigo estava bem, e agora foi a vez de Nath fazer as perguntas, e o examinar.
⚊ Eu estou bem ⚊ dizia Harrye tentando acalmar seus amigos.
⚊ Tem certeza que não se machucou?!, você poderia ter morrido! ⚊ Dizia a garota preocupada ⚊ deixa eu ver seus rosto. ⚊ Nath tentou segurar o rosto de Harrye para examinar melhor, mas foi impedida pelas mãos do garoto.
⚊ Eu to bem! ⚊
⚊ Mas e se a vassoura tiver te acertado, mas você só não sentiu?! ⚊ Questionava o ruivo.
⚊ ele não foi Michael, porque diferente de vocês que ficaram observando ele ser quase morto, eu o salvei. ⚊ Drake se gabava para Elijah.
⚊ Se for pra ficar jogando na cara, nem precisava! ⚊ sibilou o moreno.
Harrye passou por Owen, e depois pela roda de estudantes, subindo morro acima,de volta para a escola.
⚊ Harrye! ⚊ Chamou Nath, antes de ir atrás do amigo, com Elijah logo atrás.
***
O ar estava dominado pelo cheiro de ervas, ingredientes esquisitos, e um toque de queimado. Murmúrios ecoavam pelas pelas paredes de pedra da sala, várias carteiras de 2 ou três lugares enfileiradas, em duas carreira. A sala era mal iluminada, e um tanto quente, mas um simples feitiço poderia deixá-la mas fresca.
A porta se abriu revelando um Drake, uma Pansy,e um zachary, sérios e meio marrentos e uma Mahiru, sorridente ealegre. Cada um foi para o seus respectivos lugares, e duplas, Pansy e Mahiru uma das duplas se sentaram logo atrás de, Nath e Elijah. Zachary se sentou com um garoto da Vulpirum, era loiro e encaracolado, de olhos negros, era bem encorpado, e um pouco mais baixo que zachary. Drake foi para o fundo da sala e se sentou sozinho já que Harrye sua dupla, não havia chegado na hora de novo.
Strausner arrumava sua mesa, abriu um livro de poções, e limpou o quadro. Esperou alguns minutos, arrumando seu cabelo, liso e claro. Pronto para começar a aula, seu bom dia ⚊ Se é que essa palavra está em seu vocabulário; foi interrompido quando a porta se abriu de repente, e uma figura, de cabelos castanhos claros, olhos verdes, e pele levemente bronzeada, caíu de cara no chão.
⚊ Evans ⚊ Sibiliou ⚊ Qual o problema, para você sempre conseguir chegar atrasado na minha aula? ⚊ Questionou raivoso.
⚊ Éh que... Aconteceu uns... Imprevistos... E bem... Eu... ⚊ Harrye não sabia com agir ou responder, apenas olhava pro chão nervoso. O garoto se encontrava descabelado, mais do que o normal, suas vestes e seu rosto parecia ligeiramente sujos de pó e terra.
Strausner suspirou relutante, e fitou o garoto, com um olhar sério. ⚊ Vou deixar passar dessa vez, já que a aula ainda não começou, mas da próxima nem ouse entrar!⚊
⚊ sim senhor ⚊
⚊ Agora sente-se! ⚊
Harrye meio abalado e aparentemente Cançado, se direcionou até o Fundo da sala e se sentiu ao lado de Drake.
Drake abafou uma pequena risada ao ver o Estado do moreno. ⚊ rolou na terra Evans? ⚊
⚊ Cala a boca! ⚊ respondeu apoiando o corpo contra mesa.
Strausner começou sua aula, e pediu para que todos pegassem a poção de revelação que haviam feito na aula de mais cedo.
Drake procurou o caldeirão que estava a poção. O caldeirão se encontrava ao lado de Harrye, que parecia morto em cima da mesa.
⚊ Evans ⚊ chamou o loiro ⚊ Evans... Evans... ⚊ Harrye não respondia nem dava sinais de que ouvia. Drake agarrou o capuz de Harrye e o puxou com tudo, fazendo o moreno finalmente acordar. ⚊ Evans desgraça! ⚊
⚊ O que foi?! ⚊
⚊ Passa a merda desse caldeirão! ⚊
Harrye desanimado puxou o caldeirão até Drake, e caiu novamente na mesa.
Drake encarou o moreno por um tempo, suspirou relutante e se abaixou mais próximo de Harrye ⚊ Aconteceu alguma coisa Evans? ⚊ Perguntou. Diferente das outras vezes, sua voz carregava um tom mais gentil, do que hostil ou debochando.
Harrye apenas gemeu em resposta, demonstrando que não era interesse do loiro.
Strausner, colocou uma taça de Ouro sobre sua mesa. ⚊ O que vocês veem aqui não é uma taça, e sim um gato com um feitiço de ilusão. Agora quero um de cada dupla tome a poção, e anote se viu um gato ou não. ⚊
⚊ Como o gato é? ⚊ perguntou um garoto, de cabelos pretos e cacheados, da Vulpirum.
⚊ Descubram ⚊ Respondeu simples.
Harrye levantou a cabeça da mesa, relutante, tentou pegar um frasco para pegar um pouco da poção, mas foi interrompido por Drake.
⚊ Pode deixar que eu tomo Evans ⚊
Harrye pensou em protestar, mas apenas deixou Drake tomar o frasco de sua mão, e pegar um pouco da poção para tomar. Harrye apenas observou surpreso, com o fato de Drake ter se oferecido.
O loiro encheu o frasco até metade, e virou, engolindo até a última gota. O gosto não era ruim, porém também não era tão bom, lembrava kiwi azedo, com um toque de hortelã, e uma pasta de amendoim. Drake olhou para a taça, no começou pensou tem visto um gato rajado de marrom, depois viu um siamês, e por fim um tricolor. Logo enxergava apenas um borrão da Taça dourada, sua cabeça doía, e tudo parecia ter começado a rodar, Drake sentiu seu estômago revirar, e sua garganta e peito queimar, suava frio e seu corpo tremia.
Harrye percebeu e preocupado, tentou virar o loiro para si. ⚊ Owen! Owen ⚊ Chamava desesperado. ⚊ Professor! Professor! ⚊
strausner olhou para Harrye com certo desgosto.
⚊ Owen está tendo uma convulsão! ⚊ disse o moreno tentando conter a respiração ofegante de desespero.
Strausner, rapidamente foi até a carteira em que se encontrava o moreno e o loiro. ⚊ Rápido vamos levá-lo a ala hospitalar! ⚊
Todos os estudantes observavam horrorizados, mas principalmente Pansy que já estava a beira da lágrimas, e zachary e Mahiru, que olhavam sem reação.
Drake começou a ficar ofegante, sentia a dor aumentar, e mal ouvia o que estava acontecendo. Sua visão se distorceu completamente, ficando escura até tudo ficar apagado...
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